sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Madonna: 55 Anos

A faceta camaleoa que encanta há três gerações
“O tempo passa tão devagar que não sei o que fazer...” Parafraseando, Madonna define um tom de sua personalidade eloquente na busca dos seus ideais. Uma leonina que movimenta a atenção de milhares de pessoas em torno do globo massivamente.
Em sua histórica trajetória, podemos observar que a menina nascida em 16 de agosto de 1958, queria sabidamente conquistar, não somente a atenção do seu pai pelo amor involuntário, mas o mundo com sua personalidade infinita definição.
A perda da mãe, logo cedo, estabeleceu a quebra de certos paradigmas impostos pela sociedade normativa que vivenciava na década de 60 nos EUA, transformando em uma pessoa criteriosa com sua necessidade e capacidade em lutar pelos seus sonhos.
Madonna Louise Veronica Ciccone é uma artista que esbanja sensualidade e um talento (que às vezes “cheira” duvidoso). Mãe, empresária, dançarina, atriz, compositora, produtora musical, escritora e cineasta (por que não?!). Mudou sua rotina em 1977, trocando sua cidade natal (Bay City) pela concreta Nova York, seguindo os passos da dança. Sua rotina dura e sacrificante vez circular pelo 'underground' e realizar ligações com grupos como Breakfast Club e Emmy, no qual tomou gosto pela música e criou as propriedades necessárias para conceber seu primeiro álbum em 1983.
Fragmentando as barreiras da indústria pop, criando novos conceitos na estruturação de um olhar mais pueril da música popular, deixando de lado os tons mais líricos existentes no seu surgimento no mercado. Impondo uma longevidade ativa para uma artista feminina que tanto (ab) usou com as ligações controvérsias a sexo e religião em seus pertinentes repertórios.
Mesmo depois de 30 anos de ter surgido no selvagem universo da música pop, ela ainda agita uma legião de fans mundo a fora, cativa e é notícia, não somente pelo novo #secretprojet; mas pela sua importância para essa indústria que intitulou como rainha do pop.
São mais de 300 milhões de discos no mundo inteiro, ser reconhecida como a Artista Musical Feminina mais bem sucedida de todos os tempos pelo Guinness World Records. De acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA), ela é a segunda mais vendida nos Estados Unidos, atrás de Barbra Streisand, com 64,5 milhões de discos certificados. Em 2008, a revista Billboard numerou Madonna na segunda posição, atrás apenas dos Beatles, na lista de maiores artistas de todos os tempos do Hot 100, fazendo dela a artista solo mais bem sucedida na história das paradas da Billboard. Ela também foi introduzida no Rock and Roll Hall of Fame no mesmo ano. Considerada uma das "25 mais poderosas mulheres do século passado" pela Times por ser uma figura influente na música contemporânea, Madonna é constantemente chamada de "Rainha do Pop" e é conhecida por estar constantemente reinventando sua música e imagem, e por manter um nível de autonomia dentro da indústria fonográfica.
E esses adjetivos que a enumeram, ela mantem sua vida tradicionalmente regrada, uma disciplina que acompanha há tempos. Sua ebulição e efervescente em levantar questionamentos e relatar argumentos para tabus adormecidos em uma sociedade que ‘caça’ uma tradução fiel para sua imagem de querer entender os nortes da vida, tais referências nutre sua união de ideias pós-feministas e pela sua luta incansável por ações no mundo em prol de sociedade carente (principalmente crianças/meninas) que sofrem pela discriminação em seus países de origem.
Madonna é um colossal de conhecimentos e práticas de uma cultura vivente que não consta mais no mercado com tanta sagacidade e perfeição do criar, sem debutar em viver dos louros gloriosos de seu passado, ela continua sua criação apesar de ter um repertório atemporal nas mãos. Uma artista experiente e ativa, em como podemos distinguir na sua melhor faceta como tal. Aquele clichê básico, de vinho é bom com decorrer da idade, é algo muito semelhante à Madge; o tempo passa e traz nela sua contemporaneidade e um agrupamento de talento que nos fixa na espera do seu novo trabalho.
Esse fenômeno que criou sua imagem, repete no alvoroço com suas aparições públicas, justificando esse fascínio que ela exerce sobre o mundo todo desde que despontou no começo dos anos 80 com o cabalístico álbum Madonna (The First Album).
Mesmo que surgem novas garotas para ‘tomarem’ seu título, não existirá outra como ela, uma artista que venceu os bloqueios do que seria um exemplo essencialmente musical, extrapolando o mundo com seus conceitos fundamentalistas de marketing pessoal, contribuindo para o universo pop com sua linguagem cinematográfica aos clipes, na melhor maneira definitiva e abrangente de atingir seu público alvo. Podemos dizer que o cinema, a fotografia e o showbizz estarão sempre conectados com seu universo particular, Madonna será única...
O bom gerenciamento de sua carreira traduz o seu envolvimento com pessoas de grande calibre para compor sua equipe. Mesmo com o passar do tempo, sua imagem não desgastou, ela sempre dará um jeito para renovar seus ritmos e produzir tons diferentes para sua marca. E, nada que vem dela será algo 'meia boca', será algo melhor do mundo naquele momento.
Alguns criticam a maneira que permite a exposição do seu corpo ou (ab)usar de temas como sexo e a religião na composição do seu material artístico, fato observado nas concepções de suas tours, ou mesmo, no seu mais recente projeto (MDNA). Seus trabalhos são recheados de situações pessoais enfrentados pela cantora, deixam com ares operísticos, sem perder a dosagem “pop-açúcar em pó”, partindo das relevâncias e transições que o mundo vive ou antecedem períodos instigantes da nossa cultura.
Isso a transforma, prova que uma senhora de meia idade (sim, ela já passou dessa fase), provoca ainda mais e mexe com conceitos tradicionais ou normais para sua sociedade. Ela questiona o seu poder de sex appeal ao namorar rapazes mais jovens, destruindo as fronteiras do mundo ideal ou sua zona de confronto.
E, alguém poderia dizer qual seria sua zona de conforto?! Creio que tal sensação é não permitir existir essa zona para si própria. Seria chocante ver uma mulher com seus 55 anos, namorando um rapaz 28 anos mais novo, sendo mãe participativa de seus 4 filhos. É chocante essa comunicação visual que faz interagir com seu público?! Não, vejo como uma forma de calar bocas de pré-conceitos ditados por homens imperialistas que dominam nosso planeta, permitindo o seu “eu” explorador enfrentar as barreiras e gritar por uma igualdade justa.
Assim, como um fan (sim com ‘n’) ensurdecedor dessa cantora, consciente de sua limitação vocal, mas admirável por sua vontade de conquistar o mundo, introduzindo sua maneira de pensar e encarar a vida com felicidade no dançar, inovando trabalho pós trabalho para seu público fiel. Dessa forma, posso expressar minha admiração por essa instituição pop, a tenho como parte da minha família, algo muito próximo de mim... Quando por ventura posso estar triste ou chateado com alguma situação a enfrentar, coloco suas músicas e giro o dial para alegrar-me e entender que a vida é muito mais doce e curta para criar duras realidades sem um sorriso no rosto.










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