Filme traz dejá vu do longa
de 2001,
dando a impressão de uma nova
leitura para o Amor em Vermelho de Kidman & McGregor
O Grande Gatsby
estreou em junho no circuito brasileiro de cinema, e não tive a oportunidade de
assistir na salinha escura. Apesar de ter certa admiração pelo conjunto da obra
do diretor Baz Luhrmann, quando verifiquei na programadora de tevê a cabo de
casa, não resistir em sentar no sofá para conferir mais esse sucesso desse
talentoso diretor.
Durante a
exibição do filme, notei alguns tons de semelhança com Moullin Rouge, esboçando
traços com vero semelhança do glamour apoteótico de seu trabalho anterior mencionado
acima.
A história fixa
na abordagem do livro “O Grande Gatsby”, do escritor americano F. Scott
Fitzgerald (1896-1940), sendo sua segunda adaptação para as telonas.
Em clima
exagerado, recheado de brilho, luzes escandeceste, festas glamorosas, levando a
um fino olhar dos “anos loucos”, apesar de o foco central seja o triângulo
amoroso formado pelo milionário Jay Gatsby (Leo DiCaprio), a linda Daisy (Carey
Mu lhigan) e seu marido, Tom (Joel Edgerton) – sendo na primeira adaptação em
1974, vividos pelos atores Robert Redford, Mia Farrow e Bruce Dearn, nos
respectivos papéis.
Entretanto, a
narração do imbróglio é a cargo de Tobey Maguire (como personagem Nick Carraway),
vizinho de Gatsby, é a ligação entre o milionário e Daisy, de quem Carraway é
primo. O grande entrave da história é que ela está casada com Tom, e Gatsby é
um homem apaixonado e possessivo, que inferniza a jovem para convencê-la de
abandonar o marido.
As suas duas e
poucas horas de duração, o filme chega a cansar – ainda mais pelo roteiro que
arrasta na primeira metade do filme, no qual explica tudo que cerca a vida do
grande Gatsby.
E, por que a
minha comparação com Moullin Rouge?! Simples, além de termos o mesmo diretor em
ambos os filmes, utilizando de elementos e ferramentas bem peculiares que fomos
apresentados na obra 2001 de Luhrmann. Um amor impossível, conflitos, dinheiro,
música contemporânea em um filme de linguagem de época (logo abaixo descrevo
mais sobre a trilha sonora) e todas as referências de texturas que compõe o
trabalho de Baz.
Em algumas
cenas, a semelhança de enquadramento de câmera, luz, imagem e tantos outros
pontos de visão expressados dão o tom de já ter visto determinada cena, e a
comparação é inevitável.
O trabalho de
desenvolvimento da trilha sonora é algo quão delicioso de ouvir e muito
condizente com as grandes festas apresentadas na mansão do grande Gatsby.
Apesar da modernização da época que passa a história, fazendo fluir muito bem a
trilha sonora em alguns momentos com ambiente hostil dos anos 20, apresentando
como fio condutor o hip-hop como chave para grande parte das músicas escolhidas
para compor as ambientações sonoras de cada cena. Essa utilização da música
atual com o ambiente antigo, percebemos no Moullin Rouge, buscando propor uma
atualização e familiaridade com a época. Isso, de certo modo, chegou até mim
com certa estranheza, principalmente, no início do filme com o rap no último
volume. A trilha figura nomes de peso da indústria como Jay-Z (que assina a
produção musical), Florence + The Machine, Lana Del Rey e Beyoncé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário