terça-feira, 15 de outubro de 2013

Moullin Rouge II: O Grande Gatsby

Filme traz dejá vu do longa de 2001,
dando a impressão de uma nova leitura para o Amor em Vermelho de Kidman & McGregor
O Grande Gatsby estreou em junho no circuito brasileiro de cinema, e não tive a oportunidade de assistir na salinha escura. Apesar de ter certa admiração pelo conjunto da obra do diretor Baz Luhrmann, quando verifiquei na programadora de tevê a cabo de casa, não resistir em sentar no sofá para conferir mais esse sucesso desse talentoso diretor.
Durante a exibição do filme, notei alguns tons de semelhança com Moullin Rouge, esboçando traços com vero semelhança do glamour apoteótico de seu trabalho anterior mencionado acima.
A história fixa na abordagem do livro “O Grande Gatsby”, do escritor americano F. Scott Fitzgerald (1896-1940), sendo sua segunda adaptação para as telonas.
Em clima exagerado, recheado de brilho, luzes escandeceste, festas glamorosas, levando a um fino olhar dos “anos loucos”, apesar de o foco central seja o triângulo amoroso formado pelo milionário Jay Gatsby (Leo DiCaprio), a linda Daisy (Carey Mulhigan) e seu marido, Tom (Joel Edgerton) – sendo na primeira adaptação em 1974, vividos pelos atores Robert Redford, Mia Farrow e Bruce Dearn, nos respectivos papéis.
Entretanto, a narração do imbróglio é a cargo de Tobey Maguire (como personagem Nick Carraway), vizinho de Gatsby, é a ligação entre o milionário e Daisy, de quem Carraway é primo. O grande entrave da história é que ela está casada com Tom, e Gatsby é um homem apaixonado e possessivo, que inferniza a jovem para convencê-la de abandonar o marido.
As suas duas e poucas horas de duração, o filme chega a cansar – ainda mais pelo roteiro que arrasta na primeira metade do filme, no qual explica tudo que cerca a vida do grande Gatsby.
E, por que a minha comparação com Moullin Rouge?! Simples, além de termos o mesmo diretor em ambos os filmes, utilizando de elementos e ferramentas bem peculiares que fomos apresentados na obra 2001 de Luhrmann. Um amor impossível, conflitos, dinheiro, música contemporânea em um filme de linguagem de época (logo abaixo descrevo mais sobre a trilha sonora) e todas as referências de texturas que compõe o trabalho de Baz.
Em algumas cenas, a semelhança de enquadramento de câmera, luz, imagem e tantos outros pontos de visão expressados dão o tom de já ter visto determinada cena, e a comparação é inevitável.
O trabalho de desenvolvimento da trilha sonora é algo quão delicioso de ouvir e muito condizente com as grandes festas apresentadas na mansão do grande Gatsby. Apesar da modernização da época que passa a história, fazendo fluir muito bem a trilha sonora em alguns momentos com ambiente hostil dos anos 20, apresentando como fio condutor o hip-hop como chave para grande parte das músicas escolhidas para compor as ambientações sonoras de cada cena. Essa utilização da música atual com o ambiente antigo, percebemos no Moullin Rouge, buscando propor uma atualização e familiaridade com a época. Isso, de certo modo, chegou até mim com certa estranheza, principalmente, no início do filme com o rap no último volume. A trilha figura nomes de peso da indústria como Jay-Z (que assina a produção musical), Florence + The Machine, Lana Del Rey e Beyoncé.





Nenhum comentário:

Postar um comentário