domingo, 3 de março de 2013

Ray of Light – O álbum mais aventureiro de Madge

Um disco aclamado como corajoso e refrescante na música pop contemporânea na década de 90, apontada por muitos críticos da cena como o período de proliferação de artistas adolescentes e boysbands no mercado fonográfico

“Ray of Light” é o sétimo álbum de estúdio da rainha do pop Madonna. Lançado originalmente na data 3 de março de 1998, hoje debuta seus 15 anos de existência com maestria e importância na cultura pop mundial. Este novo trabalho exerce um grande relevância para Madge, retrata um momento especial na vida profissional e pessoal da estrela. É seu retorno à música após a maternidade (nascimento de Lola em 1996) e a conquista da personagem Eva Perón no musical hollywoodiano Evita.
O disco propôs uma sonoridade nova pretendia pela própria Madonna, algo similar ao som que fazia no início de sua carreira nos anos 80. Para atingir o som dance-pop idealizado por Madge, tivemos alguns produtores: Babyface, Patrick Leonard e posteriormente, William Orbit que realizou toda produção e concepção desse álbum.
Os tons musicais presentes em “Ray of Light”, consiste na base música pop e dance-pop, seguindo com elementos ortodoxos de levada eletrônica e utilizando referências orientais como a essência dos estudos a Cabala, hinduísmo e budismo. Como notamos, o tema religião continuava presente em sua obra, uma marca evidente e explorada em sua carreira.
Após seu notório lançamento, conquista de 4 prêmios Grammys e outros tantos importantes pelo mundo a fora, “Ray” é considerado pela critica com o melhor álbum contemporâneo, atingindo o status de obra-prima. Seus fortes elogios pela direção musical madura de Madonna para esse disco, o caráter de crescimento mais seguro e o lado sombrio que os vocais da cantora apontavam.
Uma relevância significativa é o amadurecimento vocal de Madge, que por conta das rotinas de aulas de canto para o musical Evita, conseguiu atingir notas tão surpreendentes e viscerais que muitos não tinham conhecimento do poder vocal da Madonna.
Seu desempenho comercial e receptividade com a critica segmentada traduz de grande valia esse redor ao estrelato pela Madge. Alguns disseram que “suas letras são simples, mas a declaração é grande. Madonna não era tão sincera e emocionante desde ‘Like a Prayer’”. Tornando um álbum rico e completo, mais radical e sem mascaras, algo brilhante para quem utilizou até o momento de recursos paradoxais na construção de sua bem sucedida carreira.
“Ray of Light” contém 5 singles, e cá estou para disseca-los de maneira poética:
1º single: (FROZEN) => a música tem como maior destaque o vocal de Madonna sobre as camadas de arranjos de cordas e sintetizadores. Uma balada eletrônica com forte presença de lirismo, inspirada em diversas formas de música clássica, contemporânea, possui um atrativo neo-romantismo em sua letra que explora a história de um home frio e sem emoção.
2º single: (RAY OF LIGHT) => música que dá nome para o álbum, traz como grande influência a celebração da vida. Nota-se a presença de um “som quente” que Madonna buscou nas festas raves (predominante de uma música eletrônica em grandes áreas, em locais desertos e longe que figurava na década de 90). Retrata com teor dominante a veemência da liberdade de nós consigo mesmo.
3º single: (DROWNED WORLD/SUBSTITUTE FOR LOVE) => canção que deu nome a tour em 2001, é uma balada com certas influências jungle. O titulo tem forte inspiração no romance de ficção cientifica de J.G.Ballard The Drowned World (1962), sua composição contém notas da maternidade de Madge e a essa critica da fama. Seu clipe gerou controversa pela sequência de paparazzi seguindo-a, algo semelhante ao acidente fatal de Lady Di em Paris.
4º single: (THE POWER OF GOOD-BYE) => como o nome já denuncia, é uma clássica história de amor que registra seu rompimento numa dosagem sem exageros de pop-açúcar em pó.
5º single: (NOTHING REALLY MATTERS) => é um música de forte envolvimento acelerado com a presença do som tecnho.

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