Morumbi foi laçado a loucura com
uma apresentação melomaníaco da diva
Queen Bey passou
como um furacão pela Paulicéia Desvairada (ou melhor, pelas cidades que estão
tendo a oportunidade de acompanhar sua nova tour). Depois de um show apoteótico
na primeira noite de Rock’n’Rio e duas apresentações pelo Brasil, a cantora
americana aterrissou com sua “The Mrs. Carter Show Tour” para o público que
mais a emocionou na turnê passada, “I Am... World Tour”, do qual afirmou ter
sido o seu show mais importante.

“Mrs. Carter” não
tira o mérito de excelência musical proposto pela própria Beyonce, é o show que
resume seus 10 anos de carreira, tem momentos de grandiosidade e maestria, mas
perde na sequência excessiva de trocas de figurinos, deixou faltar de pot-pourri
a la Destiny Child para fans mais velhos (como eu) que amava dançar “Survivor”,
a inclusão de vídeos com canções poucos conhecidas de seu repertório para
transitar entre um bloco e outro (desnecessário e acredito que muitos tenham
indo ao banheiro ou comprado cerveja nesses momentos) sendo um fator primordial
na perca de ritmo da música, já que o show começa com uma pegada forte, mas na
sequência de blocos seu folego é questionado e não trouxe seu quarteto (magya)
de bailarinos que sensualizava com ela durante a “I Am”. Entretanto, no todo,
Bey continua dançando muito, batendo cabelo, rebolando, subindo em cima de
piano, sem perde a majestade. E não desafinando nada, sem utilizar recursos de
base pré-gravada (o famoso playback) para auxiliar em momentos de pura dança e
suor.
A sua apresentação
na capital paulista contou com a inclusão da faixa “Grow Woman”, primeiro
single do álbum, a ser lançado ainda (as cinquenta músicas preparadas para esse
disco foram descartadas, sendo realizado um novo conceito para esse material).
Simpática ao
extremo com seu público seguiu até a plateia para um instante de mais proximidade
e nem se importou com o puxão que levou de um fan mais empolgado. “Está Ok, ele
só está animado”, disse a cantora para o segurança que tirava o rapaz com certa
agressividade.
O setlist contou
basicamente com as músicas apresentadas no Rio (na sexta-feira 13), apenas com
uma sequência de baladas a mais (“I Care” e “I Miss You”). Apesar de dar uma
sambinha enquanto ecoava “Crazy In Love”, seu maior hit, ficou devendo o “Ah
Lek Lek Lek” que transformou a cidade do rock em um grande baile funk.
Em seu final, “I Will
Always Love You”, uma singela homenagem a Whitney Houston abre para cantar “Halo”
e se despede dos paulistas, paulistanos e todos os presentes em seu show.

Colaboração: Arthur Berckovich
Nenhum comentário:
Postar um comentário