Apego
sentimental atrelado à clássica animação
“Um conto tão antigo quanto o tempo // Tão verdadeiro quanto pode ser...”,
parafraseando os primeiros versos, venho aqui dividir com vocês, minha
experiência de assistir (quase) duas semanas após seu lançamento, o grande
lançamento dos estúdios #Disney para essa temporada.
“A
Bela e a Fera” exerce em minha vida, um sentimento muito pueril, por ser minha
primeira vivência em sala de cinema, proporcionada por minha ‘mamma’, algo
muito similar nos tons de sensações com a “Cinderella”, porém, no teatro, o
qual desossou toda a história à medida que o espetáculo decorria (algo que
posso comentar numa outra oportunidade). Mas, voltando, a animação de 1991
contagiou os olhos de um menininho com seus 3/4 anos de idade, vidrado com o
gigantismo da tela naquela sala escura.
Agora,
o live-action, 26 anos depois (sim, como estou velho), constata com todo o
afeto de ligação que explica minha inspiração pelas artes.
Como
uma grande contadora de história, a Disney pesca nesse elo de amor, ternura,
afeição e apego emocional para resgatar as criancinhas do início dos anos 90
para recontar o clássico. Diferentemente de “Malévola”, o qual embarcou num
novo olhar para animação de 1952, de “Cinderella”, refazendo todo aquele
universo ‘conto de fadas’ clássico de 1950, ou mesmo, de “Mogli – O Menino Lobo”,
dando vida real/digital aos bichos de 1967, “A Bela e a Fera” está fadado à
fusão com suas origens.
Os
primeiros acordes do instrumental que apresenta a logo do estúdio, vejo-me
derramar as primeiras gotículas de lágrimas, apesar de não externar com
facilidade minhas emoções, deixou-me levar pela surpresa dos meus sentimentos
sendo reavivados.
Podemos
afirmar que o filme reconstrói, de maneira fiel, todo o clima da animação, com
números musicais que reúne multidão que lembra as paradas nos parques temáticos
do Mickey, a relação de amor platônico entre LeFou e Gaston, a diversidade que
já se encontrava na animação, mas agora, apontada de forma objetivo e sem
embaraço. Ou mesmo, o empoderamento de Bela por Emma Watson, que serve como um “grito”
para meninas que elas devem ser o que elas querem ser. E, desculpa-me as
feministas, mas a “Síndrome de Estocolmo” fica em segundo plano, já que,
estamos assistindo o conto, apenas um conto de amor, e, visando que toda ação
requer uma reação, e nem todo mal é absoluto como propõe Condon, quando expõe o
passado da Fera.
Um
momento que o longa perde o brilho é quando os serviçais do castelo não trazem
os traços carismáticos tão explorado na animação. Acredito que se perde um
pouco com a falta de cuidado neste aspecto e na digitalização exacerbada da
Fera.
Em
linhas gerais, por mais que não atinja a excelência, o filme consegue o laço
afetuoso em resgatar aquelas criancinhas dos anos 90, e transpô-las nas salas
para, mais uma vez, viver o “Love lives on inside our hearts and always will”,
como entoa a cantora Celine Dion nos créditos finais.
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