Leonina celebra mais uma primavera com sucesso
Madge apresenta em quase seis décadas de vida, sendo três dedicas a arte, a
disciplina, a ebulição e efervescência para tocar em tabus e entrelaçar a sua
imagem com as referências pós-feministas e a luta incansável por ações
impactantes ao redor do mundo. Em plena
atividade, a #RainhaDoPop busca, não
apenas o topo, entretanto manter-se relevante na indústria pop, criando e
recriando conceitos, usufruindo da mídia para destacar-se. Seus projetos seguem
os “ões” operísticos com dosagens de “pop-açúcar-em-pó”. Para celebrar seus 59
anos, recebi a missão de elencar (apesar de não ser um ranking), canções que
não foram singles, todavia teriam potencial para tabelar nos charts mundiais.
‘M’ contabiliza treze álbuns de estúdio, quatro discos ‘ao vivo’,
quatro coletâneas e três trilhas sonoras. Um arquivo musical repleto das
melhores sensações e experimentações de estúdio (Madonna é craque quanto a isso) resultaram em canções de tirar o
fôlego com ganchos assassinos, letras sombrias e efeitos supersônicos. E, como
a mesma afirma “Como uma oração...”,
sabemos aonde ela vai nos levar. Vamos apresentar as 35 faixas tão importantes
como os singles muito bem embalados, seguindo bons exemplos dos grandes hits
como “Hung Up”, “Music” e “Open Your Heart”.
Tais músicas atravessam décadas, gêneros e imagens construídas por Madonna, além de revelar a experiência
espiritual da cantora, uma conexão usual desde 1982 em sua música. Agora, abro
minha caixa de pandora, giro o dial nas alturas e ponho todos para dançar
(mesmo você não sendo fan, respeita e admira a potencialidade dessa artista). E vida longa a Rainha...
35. “What Can You Lose”
– I'm Breathless (1990)
Um dos poucos duetos da cantora, parceria com Mandy Patinkin, e traz todo o clima de
musical da ‘Era de Ouro’
hollywoodiana.
34. “Lament” – Evita
(1996)
A faixa compõe a soundtrack do musical que levou a Madonna ao tão sonhado reconhecimento
na sétima arte. Apresentada na “Re-Invetion
Tour” traça um dos momentos mais emocionantes do show.
("Re-Invention Tour")
(Musical "Evita")
33. “Freedom” –
Carnival (1997)
Canção de pegada gostosa de ouvir descartada por
Madge na era “Bedtime Stories” e fez parte da coletânea beneficente para a Fundação da Floresta Amazônica.
32. “Holy Water” –
Rebel Heart (2015)
Essa canção deveria ser single pelo simples fato ter mashup
maravilhoso de “Vogue”, visto que,
mantém toda a áurea noventista, servindo apenas como ingrediente de confirmação
em sua ode ao sexo oral.
31. “Easy Ride” –
American Life (2003)
Sem dúvida, “AmericanLife” é um disco injustiçado por parte da crítica e público que não
permitiram o ‘eu-lírico’ de Madonna, vivenciar a sua própria vida
americana e todas as referências para compor este álbum. Nele, notamos a
obsessão de Madge, para o encontro
da cena eletrônica e orquestra, atingindo uma febre/clímax sonora nos seus
cinco minutos.
30. “Candy Perfume
Girl” – Ray of Light (1998)
Aclamado pela crítica, “Ray”
apresenta nessa faixa a combinação de rock e techno, sendo seu grande destaque
na ótica espetacular de luz proposta do disco.
29. “Goodbye
to Innocence” – Just Say Roe (Volume VII of Just Say Yes) (1992)
A faixa, intitulada “Straight
Pass”, fazia parte do processo de criação do lendário álbum “Erotica”, sofrendo a re-titulação para “Goodbye to Innocence”. Porém, mais um
descarte que depois ganhou uma nova versão e saiu nesta coletânea que reunia
diversas músicas raras de outros cantores. Mais tarde, a canção ganhou uma
versão dub (poucos vocais) e novo título, “Up
Down Suite”, sendo b-side para o single “Rain”.
(“Goodbye to Innocence”)
(“Up Down Suite”)
28. “Supernatural” –
Coletânea: Red Hot+Dance (1992)
Outro descarte, a faixa fazia parte da tracklist do disco “Like A Prayer”, apesar de limado e
lançado nesta coletânea beneficente para os estudos e aprimoramentos contra
AIDS.
27. “Santa Baby” – Coletânea:
Very Special Christmas (1987)
Para quem não lembra, Madonna
também tem uma canção natalina. A composição é uma regravação de 1953 escrito
por Joan Javits, Philip Springer e Fred Ebb, com tons premonitórios à #DickTracy.
26. "Ain't no Big
Deal" – Revenge Of The Killer B's (1984)
Canção descartada do “First Album – Madonna”, tinha sido selecionada para ser o primeiro single do
disco, porém acabou sendo cancelada de última hora e substituída por “Everybody”.
25. “Beautiful Scars” –
Rebel Heart (2015)
Beautiful dá aquela sensação de ter saído do
túnel do tempo de “Confessions On A Dancefloor”, por possuir uma composição tão deliciosa de ouvir e pegada
dance com sintetizadores a la Daft Punk
num flerte fantástico com a nostalgia do início dos anos 90. Imprime que é
difícil recusar uma dança.
24. “Til Death Do Us
Part” – Like a Prayer (1989)
A princípio, a letra perturbadora sobre o abuso doméstico
trançada com um alegre ‘dia do casamento’, soa estranha a combinação, no
entanto é viciante e totalmente Madonna.
23. “Secret Garden” –
Erotica (1992)
Soa como continuidade de “Justify My Love”, pois apresenta o estilo de cantar falado, resultando num som
totalmente sexy com o dedilhar do piano. Se a intenção de Madonna era ser uma segunda parte para “Justify”, isso somente ela pode revelar.
22. “Beat Goes On” –
Hard Candy (2008)
Mesmo sendo odiada por muitos, contudo, “Beat” carrega contigo toda a produção vertiginosa de “The Neptunes” e o rap característico de Kanye West contraponto a música. E, podemos
dizer, um dos pontos altos da “Sweet & Stick Tour”.
21. “Swim” – Ray Of
Light (1998)
Vou definir como uma bebida essa música: Martini perfeitamente
misturado, gerando a composição suave e eletrizante. Só daria certo isso.
20. “Forbidden Love” –
Bedtime Stories (1994)
Pode gerar certa confusão essa canção, apesar de que foge
totalmente da faixa que aparece no disco “Confessions
on a Dance Floor” (tão boa quanto). Aqui somos apresentados ao melhor do R&B, no qual deleitamos e fazemos
amor com muita volúpia.
19. “Nobody Knows Me” –
American Life (2003)
‘M’ (ab)usa dos
artifícios techno para esticar sua voz para o universo, apresentando uma batida
perfeita e frenética electro-pop experimental.
18. “Something to
Remember” – I’m Breathless (1990)
Uma das melhores baladas de Madonna. Ouça e permite-se.
17. “Skin” – Ray Of
Light (1998)
Essa canção ocupa o espaço aventureira de Madonna. William Orbit (o grande mestre dessa obra) mistura a voz de Madge com a produção eletrônica
perfeita. Excelente.
16. “Isaac” –
Confessions on a Dance Floor (2005)
Apesar da polêmica toda por causa do título dessa música
(algo clássico na vida de Madge), “Isaac” é um bom exemplo de ritmo
pulsante místico, fazendo uma conexão linear com uma viagem sem fim.
15. “Thief of Hearts” –
Erotica (1992)
Nos versos entoando por Madonna,
ela canta a história de uma mulher que rouba seu homem naquele momento de
expansão dos anos 90. Melhor referência Eurodance
neste período.
14. “Paradise (Not for
Me) – Music (2000)
Pode soar estranha a lentidão dessa faixa, todavia Madonna quer que você tenha uma
experiência emocionante e atemporal com o som feito por ela.
13. “Think of Me” –
Madonna (1983)
Temos a união de saxofones e pista de dança, transformando “Think” em um hino dos clubes nos anos
80.
12. “Stay” – Like a
Virgin (1984)
Sabe aquela música que fica na mente por dias? “Stay” com sua melodia e vibração faz
você cantarola por vários dias.
11. “Nobody’s Perfect”
– Music (2000)
A combinação perfeita da música electro-folk temperamental
com a voz fina de Madonna. Como a
própria música diz: “Ninguém é perfeito”,
entretanto essa canção chega muito perto disso.
10. “Addicted (The One
That Got Away)” – Rebel Heart (2015)
A canção têm a dosagem homeopática da efervescência
eletrônica tão embutida na setlist do grupo sueco ABBA. Temos o piano, os arranjos, a harmonia e o vocal poderoso no
refrão.
09. “Gang Bang” – MDNA
(2012)
Sou muito suspeito com essa canção. Aguardado por muitos como
um single, mas Madge não o fez, e
entendo perfeitamente. A faixa briga com o sinistro e o religioso, uma
obra-prima do violento e a garota que ferve. “Bang, bang—shot ya dead. Shot my lover in the head.”
08. “Pretender” – Like
a Virgin (1984)
Esta música é um bom exemplo de funky, um dos destaques desse
álbum, fazendo par com “Into The Groove”
e “Material Girl”.
07. “Let It Will Be” –
Confessions on a Dance Floor (2005)
Não importa de qual maneira você ouça essa faixa (estúdio ou
ao vivo), “Let” é uma experiência
espiritual poderosa, uma batida incrível de Stuart Price infundido em linha
reta fora de uma boate alemã com Lady
Ciccione lamentando: “Just watch me
burn!”
06. “Sky Fits Heaven” –
Ray of Light (1998)
“Frozen” é a melhor
música de “Ray”, porém o eletro
sussurrado apresentado pelo maestro Orbit
é excelente para levar “Sky” para
outro patamar.
05. “Promise to Try” –
Like a Prayer (1989)
Outra balada deliciosa de Madonna. Para quem assistiu o documentário “Truth or Dare”, escutou durante a visita dela ao túmulo da mãe.
04. “Love Makes the
World Go Round” – True Blue (1986)
É um bom exemplo de balanço e efervescência da música
dance-pop, dando o recado que Madonna
está apenas se divertindo muito.
03. “Love Spent” – MDNA
(2012)
Podemos afirmar que a ousadia de realizar uma música pop
experimental transcendente, quase é inexistente na cultura pop. Porém, “Love Spent” é algo totalmente fora da
zona de conforto, algo de outro mundo. Orbit
faz uma mistura genial, criando dois refrãos cheios de ecstasy.
02. “Where’s the
Party?” – True Blue (1986)
Madonna diz: "Onde é a festa? Quero libertar minha alma. Onde é a festa? Eu
quero perder o controle"... Esbravejando em alto e bom som, ainda
questiono o porquê da fatia kitsh dos anos 80 não foi parar no B-side de “Open Your Heart”.
01. “Physical Attraction” – Madonna (1983)
A batida dos beats-techno são profundos, sussurrados e clima
energético. Madge prova que sabe
fazer músicas memoráveis desde o primeiro álbum.
****** Faixa Bônus *****
Como sabemos, Madonna dificilmente sede uma canção para
gravação por outro artista, entretanto, a composição "Like a Flower"
ganhou tons italianos pela fan Laura Pausini e gerou o hit “Mi Abbandono a Te”!
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