quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Palhaço

Meu contato com este personagem na infância, não traz boas recordações.
Quando fui convidado para conferir a longa roteirizado por Selton Mello, teve em minha certa resistência pelo mau entendimento no passado desde nobre figura literal.
Deslocando a sala de exibição do filme, senti uma agonia e frio na barriga, enfrentar o medo que até ali viva nos meus pensamentos mais inquietos sombrios.
A imagem que retinha daquela figura, era do assassino mais perveso e tristonho no mundo da fantasia. Há uma necessidade em mim de quebra todas as barreiras existentes.
O filme deu sua linda continuidade e entrou num momento de conquista exalado de tudo, apenas foram cinco minutos para a ligação com a obra fosse complexa e verdadeira.
Abordado de maneira singela, "O Palhaço" questiona o fazer alegria a outros e ele mesmo, não possuir a felicidade que todos esperam.
A relação de convívio mutuo e carinho tanto com um publicam carente de ideal, mas feliz pela presença de um circo, eleva a sensação do que estar por vim.
Pautado numa licença pensamentos, os personagens nos traduzia em sua caminhada e dividir a cada ponto do descoberto mundo novo afora. 
Todavia percebi que a junção de esteriótipos ou figuras reais não poderia ser exemplar de outra forma, senão vigiada pelo próprio fio condutor da história. 
O narrador "esconde" sua vocação, mas também mantém ela integra em todo momento, colocando e transferindo de ambiente, exercendo assim o leque de possibilidade de vivência que "ele" pode ter.
As danças que cada um faz durante todo o filme, as ilusões focadas, as leituras de texturas, os espaços e sons, transmitem toda a logística e precisão.
Ahh, e o gato Lincoln... emocionante cada minuto ali explorado pelo seu magnata ato...
Assim, aquele medo durante a infância e tensão vivido por anos, se foi.
O Palhaço vem para trazer a alegria e quem leva a ele?

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