quinta-feira, 8 de março de 2012

Quase próximo da luz do outro lado

No silêncio da madrugada, cubro meu corpo, a manta de estrelas brilhantes de um breu céu acima de mim. Pouso minha cabeça delirante, num travesseiro de emoções, presas como garras, num espaço sem fim.
Andarilho eminente em meu ser, deseja entender o mal que transformei à alguns nessa noite. Do claro, do escuro; existencial da eterna magia do mau-me-quer. Despedaço margaridas em flor, chego corta-me com os espinhos das rosas, onde cravos não tem sua vez. Demoro a entender o processo terminal do dia, onde a noite ganha sua figura eloquente de dominação do todo.
Não quero fazer ninguém a sofrer, e eu, o mesmo não nutri em meu corpo, vago em um oceano de lamentações, desejos vastos entrelaçados do querer bem você. 
Dolorido como uma ferida em aberto, machucando, cutucando, envermelhando minha pele, permeando como hematoma. E eu, como cético, procuro seu trilho de passos do caminho risca ao chão, querendo seguir tua vossa majestosa presença de ser fiel escudeiro dos seus em meios dos seus pés.
E, o tempo permitido e a cobiça entre dois mundos, como a lacuna não preenchida por um instante, ensejo entre nós tais seres racionais, protuberante como uma colina, sedento em descobrir o que passa após sua conquista no topo.
Com a vista do clarão, a avidez descontrolado da vontade da travessia, como um barco a corta as margens de um rio. Dar azo a minha imaginação e anseio de cortar meu cordão umbilical convosco. 
Assim, com minha cabeça mais fria de ideias más cabíveis, posso refletir com mais tranquilidade e perceber o mal doentio que fazia comigo.
Agora, com a alegria de viver, deixo aflorar bons fluidos do bem, e não busco mais o indesejável; não cedo mais a encantos fantasiosos, e sim, os desencantos fanáticos que outros tens por mim.

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