Hoje é um grande dia, uma das maiores referências da música pop feminina comemora mais um aniversário.
Sempre questionada pelas polêmicas que a cercam
em sua vida profissional e pessoal, Madge (abreviação em inglês de Sua
Majestade), possui uma vida tradicionalmente regrada, disciplina que acompanha
em seus 54 anos de vida.Sua ebulição e efervescente em levantar certos
argumentos tabus adormecidos fazem com que sua imagem seja ligada a referências
pós-feminista e pela luta incansável por ações ao redor do mundo realmente
impactantes.Madonna é um colossal de idéias e práticas da
cultura pop há 30 anos. Hoje não identificamos um artista vivo tão produtivo e
plural em atividade (Michael e Whitney, fazem parte dessa geração e não mais
presente ou mesmo ostracismo de Cindy), e a rainha do pop, sempre em busca do
topo, criando e recriando sua proposta musical e imagem; sabendo como ninguém
usufruir da mídia para seu favor e bem-estar.Seus trabalhos chegam a ser operísticos e tem
momentos em sua dosagem de “pop-açucar em pó”. Partem de relevância e
transições que o mundo vive ou antecedem períodos instigantes de nossa cultura.
Fato observado nas concepções de suas ‘tours’, principalmente no mais recente
trabalho MDNA, que esmera no entendimento do seu amadurecimento profissional e
abrir um pouco de sua intimidade às vezes conflituosa deixa expor.Alguns criticam a maneira que permite a exposição
do seu corpo ou utilizar temas como sexo ou a religião na composição do
material artístico, por ser uma senhora de meia idade, não podendo mais falar
sobre certas questões. Mas, a própria prova, pode agir assim, como qualquer
outro cinqüentão (homem) que namora e vai pra cama com menininha de 20 e poucos
anos.É chocante essa comunicação visual proposta por
essa diva? Não, somente deixa livre seu “eu” talentoso a quebrar as fronteiras
e gritos por uma igualdade pregada “à inglesa”, não existente na realidade de
nossas vidas ainda.Assim, como um fã ensurdecedor dessa cantora,
consciente de sua limitação vocal, mas admirável por sua vontade de conquistar
o mundo (como o fez nas últimas três décadas), introduzindo um trabalho
inovador e transgressor ao seu público fiel. Dessa maneira expresso minha
admiração por essa instituição pop.Ela mesma, não se limita a vida glamorosa que a
fama permite viver. Questiona atitudes, tais como as apresentadas durante sua
passagem pela Rússia. Seu manifesto de indignação ou em seu discurso no Olympia
em Paris. Provando que sua representação e participação em nossa cultura,
direta ou indiretamente, eficaz e conduz sua vida e carreira de maneira plena.Não podemos esquecer-nos de sua veia de polemizar
ou cutucar seus “mal-seguidores”, momento que podemos compartilhar recentemente
durante a entrevista realizada pelo jornalista Zeca Camargo ao programa
Fantástico (veiculada na TV Globo – 22/07/12), sobre a inclusão do trecho da
música “Born This Way” de Lady Gaga no sample da canção “Express Yourself”, ela
diz: “Gosto muito da música e fiquei feliz por ajudar a escrever ‘Born This
Way’” – alimentando ainda mais certo desafeto glamoroso dentro do mundo pop.Mas, isso que é Madonna, sempre polemica em suas
declarações...
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