terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cinema Nacional

05 de Novembro – Dia do Cinema Nacional 
Mais uma edição do Projeta Brasil enaltece nossos produções tupiniquins 
É quase natural quando pensamos sobre cinema, mesmo em âmbito nacional, e não creditar aos pais da sétima arte (irmãos Lumière) pela inauguração em Paris, no dia 08 de julho de 1896.
No Rio de Janeiro foi exibida pela primeira vez uma sessão de cinema, em 1897, cuja produção era de Pascoal Segreto e José Roberto Cunha Salles, abrindo assim a primeira sala de cinema no Brasil (“Salão Novidades de Paris”), na Rua do Ouvidor.
Durante todo o século XX, o cinema nacional colheu os louros e glórias, e, amargos seus desamores e derrotas por produções mal-sucedidas nesse período. Mas, lembramos de momentos felizes agora, na década de 30 surgiu o primeiro estúdio de cinema do Brasil, a Cinédia, conhecida por produzir comédias musicais e dramas populares. Logo após, chegaram também os estúdios Vera Cruz e Atlântida que traduziam com setor rigor a maneira de fazer filmes em Hollywood nos anos 40, 50 e 60.
Com o crescimento da grande produtividade no cenário, alguns filmes nacionais participaram do circuito mundial, sendo ovacionada a produção “O Pagador de Promessas” (1962), escrito e dirigido por Anselmo Duarte, baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Dias Gomes.
Temos que salientar a produção de chanchada que identifica um pouco de nossa cultura local, linguagem de gênero, marcando época e revelando cineastas.
O nosso cinema passou um período de extremo limbo, crise pela qual determinou problemas sérios de qualidade das produções, poucos investimentos e ostracismo adequação para um novo público.
Nos anos 90, o cinema nacional ganhou novo fôlego por conta dos incentivos provenientes do governo Itamar Franco, criando a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que libera recursos para produção de filmes através do Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro e passa a trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do Audiovisual, que entraria em vigor no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 1995, começa-se a falar numa "retomada" do cinema brasileiro. Novos mecanismos de apoio à produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de "cultura de mercado", conseguem efetivamente aumentar o número de filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena internacional. O filme que inicia este período é Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995) de Carla Camurati, parcialmente financiado pelo Prêmio Resgate. No entanto, as dificuldades de penetração no seu próprio mercado continuam: a maioria dos filmes não encontra salas de exibição no país, e muitos são exibidos em condições precárias: salas inadequadas, utilização de datas desprezadas pelas distribuidoras estrangeiras, pouca divulgação na mídia local.
Em 1997, para alcançar o mercado cinematográfico, as Organizações Globo criaram sua própria produtora, a Globo Filmes, empresa especializada que veio a reposicionar o cinema brasileiro em, praticamente, todos os segmentos. Isto porque, em um curtíssimo tempo, a produtora Globo Filmes viria a se tornar um grande monopólio ocupante do mercado cinematográfico brasileiro. Ainda que para a escala de operação da rede de televisão, o seu braço cinematográfico possa vir a ser considerada uma empresa pequena. Dessa maneira, através do cinema, o conglomerado foi capaz de atingir um dos últimos segmentos tradicionais do mercado audiovisual brasileiro, nicho no qual ela ainda não apresentava nenhuma participação realmente direta. Entre 1998 e 2003, a empresa se envolveu de maneira direta em 24 produções cinematográficas, e a sua supremacia se cristalizaria definitivamente no último ano deste período, quando os filmes com a participação da empresa obtiveram mais de 90% da receita da bilheteria do cinema brasileiro e mais de 20% do mercado total.
Alguns filmes lançados na primeira década do século XXI, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional, projetando nossos artistas mundialmente conhecidos e participando de produções hollywoodianas.

Um comentário:

  1. Muito legal, não sabia que tinha um blog.

    Abs.

    Rodrigo

    http://cinemarodrigo.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir