Disco
certificou Justin Timberlake como Príncipe do Pop
O álbum tornou-se clássico do universo
pop, além de conter aquela mãozinha amiga do produtor mainstream (daquele
momento) Timbaland. Justin, passeia pelo vértice sexy que
muitos outros podem se perderem com o novo projeto musical.
A segunda aventura solo do menino prodígio
do programa infantil “Clube do Mickey”
– ex-líder da boyband ‘NSync – ex-Britney Spears à
carreira solo – teve seu lançamento em 12 de setembro de 2006, assumindo a
sonoridade urban com a pegada funk numa viagem de infusão com R&B/pop,
elementos proeminentes do dance-pop e uma pitada de rock e toda a magnitude de
seduzir pela música e seu corpo, numa ode ao alien #ReiDoPop Michael Jackson fizera décadas antes. Sem melisma, sem
falsetes; um álbum que reflete uma colagem soul-pop, bem radiofônico e
prazeroso de ouvir. Justin traça um caminho muito fiel de ser não sucessor
daquele que o inspira, mas apresentar a nova geração um trabalho coeso com uma
trilha sonora bem-feita para uma noite qualquer, uma noite dessas divertidas
entre amigos, terminando no ápice que você sabe onde.
Conceito
Timberlake
fomentou uma equipe solida para a produção do disco, com nomes: Nate Danja Hills, Jawbreakers, Rick Rubin
e Timbaland; todos sob seus
cuidados. A concepção original do álbum era ser
duplo, um lado dançante (FutureSex)
e o outro com canções de amor (LoveSounds).
Porém, pouco tempo antes do seu lançamento, a ideia foi descartada em favor de
um único disco e muitas das músicas produzidas foram descartadas (os executivos
da Jive Records poderiam relançá-lo
seguindo a ideia original para celebrar os 10 anos do disco, só acho).
Singles
-
"SexyBack": o primeiro single é ostensivamente uma
encenação sobre os mecanismos não explícitos do sexo. A faixa recebeu o Grammy Award para Melhor Canção Dance 2007 e ser um dos maiores sucessos do cantor
nas paradas pelo mundo.
-
"My Love": dá pinta de uma balada-pop retalhada até
surgir como uma música com metrônomo acelerado. A canção é responsável pelo
segundo #1 na Billboard Hot 100, além
de receber um Grammy Award para Melhor Colaboração de Rap/Canto em
2007.
-
"What Goes Around...Comes Around (Interlude)":
terceiro single a ser trabalhado do disco, a faixa é dividida em duas. Em "What Goes Around", Justin lamenta como sua ex-namorada o
magoou. Entretanto, em “Comes Around
(Interlude)”, o #PríncipeDoPop
discute como o carma o surpreendeu, pois, agora o novo namorado de sua ex está
tratando-a da mesma maneira que a própria o tratou na primeira fase da canção.
- "LoveStoned/I Think She KnowsInterlude" ou "LoveStoned":
aqui temos uma celebração ao ritmo. Uma pegada meio hip hop, meio disco-funk
que gira total quando surgem elementos como violino, ganhando contornos melancólico.
Enquanto, a segunda parte da faixa, nos brinda como uma vulnerabilidade única
de Justin (ora necessária para um
álbum), dando a certificação de inovação ao disco.
- "Until the End of Time":
reúne todos os elementos pertinentes do pop+R&B. E o seu remix official tem
a colaboração da cantora Beyoncé nos
vocais.
- "SummerLove/Set the Mood Prelude" ou "Summer
Love": concentra um Timbaland
dos tempos modernos com um Timberlake
das antigas em simbiose e um (toque) de tributo a Prince. São todos os ingredientes pensando e apresentado de maneira
certa, na hora certa e no momento certo.
Apesar de não serem singles, tenho que
destacar dois momentos do álbum:
-
“FutureSex / LoveSounds”: abre a pista de dança com a melhor
declaração de princípios que um astro da música pop fez em anos. Posso afirmar,
é nessa faixa que Timberlake assume
o título de #PríncipeDoPop, tornando a referência na cultura pop para sempre.
- “(AnotherSong) All Over Again”: Justin segue o caminho do soul e tons do pop-açúcar-em-pó,
algo similar ao que Michael Jackson
(sabiamente) apresentava em suas canções-baladas.
Considerações Finais
Com o fim da (re)audição para divagar
sobre os dez anos desse lançamento, vemos como a ideia inicial ficou ali
presente na distribuição das faixas e interludes (que indicam o conceito de álbum
duplo), expondo um quebra-cabeça muito bem pensado, apontando a evolução
musical de Justin. No qual, deixa o
pop teenager fácil para apresentar um pop conceitual e de massa para um público
mais adulto. Algo que vimos em sua primeira experiência solo, “Justified” (2002), que indicava o
amadurecimento do ex-líder de uma boyband e cravava novos caminhos. E no fim, o disco atinge o objetivo: ser
coeso, expondo as assas abertas de Timberlake.
Além de aplicar uma densa onda vibrante e escura, mas no tempo certo.
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