segunda-feira, 12 de setembro de 2016

FutureSex/LoveSounds: Dez anos

Disco certificou Justin Timberlake como Príncipe do Pop



O álbum tornou-se clássico do universo pop, além de conter aquela mãozinha amiga do produtor mainstream (daquele momento) Timbaland. Justin, passeia pelo vértice sexy que muitos outros podem se perderem com o novo projeto musical.
A segunda aventura solo do menino prodígio do programa infantil “Clube do Mickey” – ex-líder da boyband ‘NSync – ex-Britney Spears à carreira solo – teve seu lançamento em 12 de setembro de 2006, assumindo a sonoridade urban com a pegada funk numa viagem de infusão com R&B/pop, elementos proeminentes do dance-pop e uma pitada de rock e toda a magnitude de seduzir pela música e seu corpo, numa ode ao alien #ReiDoPop Michael Jackson fizera décadas antes. Sem melisma, sem falsetes; um álbum que reflete uma colagem soul-pop, bem radiofônico e prazeroso de ouvir. Justin traça um caminho muito fiel de ser não sucessor daquele que o inspira, mas apresentar a nova geração um trabalho coeso com uma trilha sonora bem-feita para uma noite qualquer, uma noite dessas divertidas entre amigos, terminando no ápice que você sabe onde.

Conceito
Timberlake fomentou uma equipe solida para a produção do disco, com nomes: Nate Danja Hills, Jawbreakers, Rick Rubin e Timbaland; todos sob seus cuidados. A concepção original do álbum era ser duplo, um lado dançante (FutureSex) e o outro com canções de amor (LoveSounds). Porém, pouco tempo antes do seu lançamento, a ideia foi descartada em favor de um único disco e muitas das músicas produzidas foram descartadas (os executivos da Jive Records poderiam relançá-lo seguindo a ideia original para celebrar os 10 anos do disco, só acho).

Singles
- "SexyBack": o primeiro single é ostensivamente uma encenação sobre os mecanismos não explícitos do sexo. A faixa recebeu o Grammy Award para Melhor Canção Dance 2007 e ser um dos maiores sucessos do cantor nas paradas pelo mundo.

- "My Love": dá pinta de uma balada-pop retalhada até surgir como uma música com metrônomo acelerado. A canção é responsável pelo segundo #1 na Billboard Hot 100, além de receber um Grammy Award para Melhor Colaboração de Rap/Canto em 2007.

- "What Goes Around...Comes Around (Interlude)": terceiro single a ser trabalhado do disco, a faixa é dividida em duas. Em "What Goes Around", Justin lamenta como sua ex-namorada o magoou. Entretanto, em “Comes Around (Interlude)”, o #PríncipeDoPop discute como o carma o surpreendeu, pois, agora o novo namorado de sua ex está tratando-a da mesma maneira que a própria o tratou na primeira fase da canção.  

-  "LoveStoned/I Think She KnowsInterlude" ou "LoveStoned": aqui temos uma celebração ao ritmo. Uma pegada meio hip hop, meio disco-funk que gira total quando surgem elementos como violino, ganhando contornos melancólico. Enquanto, a segunda parte da faixa, nos brinda como uma vulnerabilidade única de Justin (ora necessária para um álbum), dando a certificação de inovação ao disco.

- "Until the End of Time": reúne todos os elementos pertinentes do pop+R&B. E o seu remix official tem a colaboração da cantora Beyoncé nos vocais.

- "SummerLove/Set the Mood Prelude" ou "Summer Love": concentra um Timbaland dos tempos modernos com um Timberlake das antigas em simbiose e um (toque) de tributo a Prince. São todos os ingredientes pensando e apresentado de maneira certa, na hora certa e no momento certo.

Apesar de não serem singles, tenho que destacar dois momentos do álbum:

- “FutureSex / LoveSounds”: abre a pista de dança com a melhor declaração de princípios que um astro da música pop fez em anos. Posso afirmar, é nessa faixa que Timberlake assume o título de #PríncipeDoPop, tornando a referência na cultura pop para sempre.

- (AnotherSong) All Over Again”: Justin segue o caminho do soul e tons do pop-açúcar-em-pó, algo similar ao que Michael Jackson (sabiamente) apresentava em suas canções-baladas.

Considerações Finais

Com o fim da (re)audição para divagar sobre os dez anos desse lançamento, vemos como a ideia inicial ficou ali presente na distribuição das faixas e interludes (que indicam o conceito de álbum duplo), expondo um quebra-cabeça muito bem pensado, apontando a evolução musical de Justin. No qual, deixa o pop teenager fácil para apresentar um pop conceitual e de massa para um público mais adulto. Algo que vimos em sua primeira experiência solo, “Justified” (2002), que indicava o amadurecimento do ex-líder de uma boyband e cravava novos caminhos. E no fim, o disco atinge o objetivo: ser coeso, expondo as assas abertas de Timberlake. Além de aplicar uma densa onda vibrante e escura, mas no tempo certo. 

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