quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Paraolímpiada: a mensagem da inclusão social

Cerimônia emocionou a plateia com tom épico 
no acendimento da tocha



Brasil, 07 de setembro, feriado de Independência do país e, as emissoras abertas preferiram manter suas programações ocasionais desta quarta-feira ao invés de promover a mensagem da inclusão de todos que o espírito paraolímpico pregou com a abertura dos Jogos Rio 2016.
Emocionante é pouco para adjetivar o que a organização da cerimônia planejou para mostrar durante da festa de ontem.
Acredito, a casualidade do destino e o tom sorte fizeram desse evento tão marcante como um mês atrás, no mesmo Maracanã, com os Jogos Olímpicos.
Estava previsto que a festa não teria a grandiosidade da Olimpíada, mas o desenho épico tornou ainda mais emblemático o espírito (para)olímpico.
É de encher os olhos de ver os atletas com suas ‘limitações’ conduzirem, com o peito inflamado de emoção, carrega a chama olímpica até o ápice do acendimento da tocha. E a chuva torrencial que não dava trégua no estádio, transformando o momento único e inesquecível.




Márcia Malsar
Um dos momentos emocionantes, sem dúvida, é quando a corredora Márcia Malsar --- medalhista de ouro nos Jogos de Nova York, em 1984 --- desequilibrou durante o trajeto e caiu no chão. Porém, rapidamente, ajudada pelo apoio, reassumiu o percurso e foi ovacionada pelo público nos aplausos transmitia a força para continuar.



Pira Olímpica
Como aconteceu na edição (tradicional) dos Jogos Rio 2016, o acendimento da tocha é muito aguardado. E para acendê-la, o nadador Clodoaldo Silva --- um dos principais atletas paraolímpico brasileiro --- foi responsável para o momento histórico de acender a tocha. A chuva não dava pausa, encharcado, Clodoaldo próximo de chegar aonde encontrava-se a pira, avistou uma dificuldade. A pira estava no topo de uma escada. Apresentando certa indignação, os degraus deram espaço a uma rampa para concluir sua missão. Assim, a mensagem inclusiva proposta pelo evento ganhou contornos épicos.



Simplicidade com emoção
Apesar da simplicidade do espetáculo com queimas de fogos rápidas, o evento concentrou momentos de emoção únicos como o salto-mortal em cadeira de rodas, centenas de guarda-sóis formando a bandeira do Brasil no centro do Maracanã ou quando crianças com deficiências seguraram a bandeira paraolímpica. Nem mesmo as discordâncias dos ideais políticos passaram em branco (uníssono as vaias a Temer). Ou mesmo, quando a bailarina norte-americana Amy Purdy deixou seu gingado sobre suas próteses de pernas ao lado de uma máquina robótica Kuka, no qual criou-se todo clima de respeito e entendimento à diversidade. 


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