quinta-feira, 16 de abril de 2020

Blond Ambition World Tour: 30 Anos

Conceito teatral inspirou o universo pop da atualidade


Na noite de 13 de abril de 1990, Madonna subia ao palco para sua terceira turnê, sendo o Japão escolhido para première dessa atração teatral proposto pela Rainha do Pop. Com direção artística de seu irmão, Christopher Ciccone, a apresentação contém um misto de ideologia Broadway, moda, polêmica, coreografia, sexualidade e religião. Foram 57 apresentações entre Japão, Canadá, EUA e Europa. A crítica definiu como ‘o espetáculo que transformou e revolucionou a maneira de o mundo visualizar as turnês mundiais’. A revista americana Rolling Stone descreveu a tour como "elaboradamente coreografada, extravagantemente sexual e provocativo", e a proclamou a "melhor turnê do ano". A imagem ícone e emblemática desse faraônico espetáculo foi à cantora entoar os versos da (já) clássica “Like A Virgin” com lendário espartilho dourado com sutiã em formato de cone (teremos um post especial sobre a importância desse acessório no universo feminino), além do belo aplique ‘rabo de cavalo’ (durante os concertos pela Europa, ‘M’ preferiu usar abdicar do aplicar, pois seu cabelo estava ficando bem danificado), surgindo no meio do palco uma cama no qual Madge canta sensualmente seu hit numa releitura oriental que leva a simulação de uma masturbação, chegando ao êxtase de seu orgasmo. Tal cena repercutiu demasiadamente pelo mundo, chocando a Igreja, tendo voz de prisão em Toronto. Enquanto na Itália, o saudoso Papa João Paulo II liderou um boicote para não assistirem o show e um deles na cidade acabou cancelado.
Antes mesmo da overdose dos realities shows no mundo de entretenimento, quase de forma secreta, Madonna filmou todo o processo de excursão de sua tour pelo mundo, criando o lendário documentário “Truth or Dare: Na Cama com Madonna”, dirigido pelo Alek Keshishian. O material tem como missão revelar os bastidores desse megaespectáculo e expor a forte personalidade de sua estrela. A rotina árdua do processo de ensaios, entrevistas nos locais dos shows, pequenas festas com artistas convidados e seu elenco colaborador; tudo isso sendo apresentado em preto e branco, além de ter performances do show filmado em película. Em 2012, o documentário chegou a ser relançado em Bluray.
A partir dessa turnê, o conceito de dividir os shows em blocos, começa ser impregnado em todos os espetáculos desenvolvidos pela Madge, e, posteriormente, o universo pop utiliza desse ponto de vista para elaborar e segmentar as apresentações de vários artistas.

Estilista
Bloco I: Metropoles / Futurístico
"Express Yourself" (trechos de "Everybody")
"Open Your Heart"
"Causing a Commotion"
"Where's the Party"

Bloco II: Egito / Egípcio
"Like a Virgin"

Bloco III: Religioso / Igreja
"Like a Prayer" (trechos de "Act of Contrition")
"Live to Tell"/"Oh Father"
"Papa Don't Preach"

Bloco IV: Cabaré
"Sooner or Later"
"Hanky Panky"
"Now I'm Following You"

Bloco V: 1940/50
"Material Girl"
"Cherish"
"Into the Groove" (contém elementos de "Ain't Nobody Better")
"Vogue”

Encore
"Holiday" (contém elementos de "Do the Bus Stop")
"Keep It Together" (contém excertos de "Family Affair")

Conceito teatral
Para apresentar a didática Broadway, Madonna utilizou de dividir a apresentação em cinco blocos distintos, possuindo o sexto bloco no (algo raro) melhor estilo ‘bis’. O primeiro ato (Metropoles/Futurístico), expõe os bailarinos em uma performance de ‘Express Yorself’ bem semelhante ao revolucionário clipe. Na sequência do segundo ato, temos o estilo Egípcio para cantar a única musica presente nesse ato (“Like A Virgin”), num misto oriental sensual árabe, dando uma dramaticidade maior à música, além de trazer a figura pertinente do sutiã-cone criado pela Jean Paul Gaultier. Já no terceiro ato Religioso temos uma Madonna quase freira segurando firme um lindo terço de prata dançar e cantar “Like A Prayer”. O quarto e o quinto blocos Cabaré+Anos 40/50 retrata toda a leitura de seu novo filme a época (Dick Tracy). Aqui podemos notar uma excelente performance vocal de Madge. E para finalizar, o bloco Festa com a faixa excêntrica “Keep It Together”, deixa evidente o simbolismo do trabalho em família.

Curiosidades
- Durante apresentações em Toronto, Madge cantou ‘Dear Jessie’ em estilo acústico seguido de ‘Cherish’. Enquanto na Suécia, entoou versos de ‘Spanish Eyes’ seguido de ‘Cherish’ em versão acústica;
- Faturamento de US$65,7 milhões, sendo a turnê mais bem sucedida de 1990;
- The Blond Ambition Tour excursou por 27 cidades em seus 4 meses de apresentações;
- Os equipamentos utilizados na montagem de palco (luzes, cenários e etc.) foram transportados por 18 caminhões;
- Madonna teve que cancelar 4 shows nos EUA ( Chicago, Wochester, Philadelphia e Nova York) por conta de problemas em suas cordas vocais;
- Os US$300.000,00 arrecadados da apresentação de Nova York foi doada para amfAR (Fundação de Combate e Pesquisa a AIDS);
- O último show da tour, ocorrido na cidade de Nice (França), teve a transmissão ao vivo mundial pela HBO, sendo o espetáculo mais visto no mundo;
- Para a promoção do show, foram lançados 3 clipes: “Like A Virgin”“Holiday” e “Hanky Panky”.



sábado, 28 de março de 2020

Mariah Carey, celebra cinco décadas de vida

Pássaro Supremo, como definiu Guinness World Records,
 devido seu alcance vocal de cinco oitavas


       Nesta sexta-feira (27), a cantora americana comemorou mais uma primavera, sendo 30 anos dedicados a cultura pop. Dominadora da #Hot100 #Billboard nos anos 90, vamos revisitar a discografia e listar os cinco singles preciosos de #MiMi. Confira:


 É impossível iniciar esta catarse sem mencionar o primeiro de tudo. O single rendeu a estreante cantora seu #1 na #Hot100 da #Billboard. Embalada com o tema amor, a faixa concentra tons popgospelsoul e R&B. Incorpora pesados vocais de apoio durante a bridge da música e apresenta o uso do registro de assobios e do melisma de Carey.  


"Hero": [Clipe] Originalmente destinada a Gloria Estefan, tornou-se a oitava faixa a assumir o topo da #Hot100 #Billboard. Com cunho em sua letra motivacional, despertar o poder individual está presente dentro de cada um, no qual reforça a ideia de olhar para dentro de si e encorajar-se e acreditar em si. 




"All I Want for Christmas Is You": [Clipe] Dificilmente seu Natal ficou sem a Rainha das Festas... A canção é referência para época mais aclamada do ano e conquistou o feito de ser o single mais antigo a chegar no topo #Hot100 da Billboard. A crítica a definiu: "uma das poucas adições modernas dignas do cânone do feriado" no The New Yorker. Os elementos líricos compõe por musica popR&Bgospeldance-pop e influências e estilos musicais adulto contemporâneo ("AC": música tocada nas rádios nos anos 60 com soft rock anos 70). 



"One Sweet Day": [Clipe] Parceria com a Boyz II Men, a música figurou com a permanência mais longínqua na #Hot100 Billboard, sendo 17 semanas consecutivas no topo. #Carey dizer sobre a composição que "[a] ideia de quando você perde as pessoas que estão perto de você, sua vida muda e isso muda a nossa perspectiva."

"We Belong Together": [Clipe] Aqui temos a Emancipação de Mimi. Em plena segunda metade da primeira década dos anos 2000 e com total dedicação para apagar os incêndios ocorridos com o mau-entendido #Glitter, a cantora chega com a força total no R&B, soul retrô e elementos de Hip-Hop... So I turn the dial tryin' to catch a break // And then I hear Babyface // "I only think of you" and it's breakin' my heart...






*****Faixa Bônus*****


"When You Believe": [Clipe] Quando ouço está canção, cá fico a perguntar, como deve ter sido o encontro destas duas vozes magname de Mariah Carey e Whitney Houston. Apesar do rumores que ambas não tenha sintonia ou proximidade. O dueto provou do contrário. A faixa é single-trilha da animação "Príncipe do Egito", sendo uma grande balada, com letras significativas e inspiradoras, descrevendo a capacidade que cada individuo tem de realizar milagres quando acredita em Deus.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Like a Prayer: “o mais perto da arte que chegou o pop”


Celebrando 30 anos, álbum marca o início 
de uma era para a Rainha do Pop



Parafraseando JD Considine, crítico da revista Rolling Stone US, voltamos nosso olhar para o final dos anos 80, e percebemos a languidez e sagacidade da própria #Madonna com toda sua teatralidade que a fez a #RainhaDoPop. Neste instante, coloco o Long Play (sim, tenho o formato bolachão para deixar isso ainda mais nostálgico), ouço o  quarto disco de estúdio de #Madge com sua essência musical todas as notas de tons provocativos que vai do “dance-pop” com o lirismo e estilo peculiar-sexy appeal da jovem dominatrix que existia em suas entranhas. Considerado pela crítica especializada como o projeto mais introspectivo da artista na época, por sintetizar o começo de uma nova fase artística proposta por #M, apesar de hoje ser creditado como um álbum convencional por atender todas as facetas exploradas pela #Madonna. Lançando em 21 de março de 1989 pelo selo Sire Records, três anos após do antecessor “True Blue” (1986) que trazia o frescor e romantismo, em entrevista para divulgar “Like a Prayer”, #Madonna define: “uma coleção de canções sobre minha mãe, meu pai e laços com minha família”. Nesse trabalho fica explicito a dedicatória a sua figura materna, pois quando menina a vida tirou para ficar ao lado de “Deus” tão citado em sua arte no decorrer de seus 30 anos de carreira. #Madonna era a maior imagem feminina do planeta, ainda mais pela fama construída até aquele momento, ficava evidente a faceta de dor e insegurança que poucos tiveram a chance de ver e sentir, sendo à sombra de seu divórcio aos 30 anos uma das regras desse sucesso em hits. Durante todo o processo de gravação, o álbum foi “amparado” pelo fim de seu casamento com o astro bad boy oitentista, Sean Penn, tendo como base elementos ecléticos e sensações de pop-açúcar-em-pó, soul e funk, fugindo totalmente da temática anterior que utilizava da mistura do clássico rock psicodélico com sons
synth-pop então vigente naquele período. O mais interessante desse disco é sua alma manter liricamente inalterada, mesmo que para alguns o álbum (ab)usava de ingredientes fundamentais para construção do mito #Madonna. Mas, a estrutura de composição recorta traços do instinto de crescer, passando por um mal romance, e a urgência do encontro com a família e o forte elo com Deus, chamando a atenção a  presença religiosa imposta à sua educação, como pode ser visto já na faixa-título. Como já citamos, em linhas gerais, as letras figuram temas de tempos longínquos como a infância e adolescência, a morte de sua mãe em “Promise to Try”, a importância da família em “Keep It Together” e a relação intensa com o pai retratada na faixa “Oh Father”. Além é claro do mega hit “Express Yourself” que prega emponderamento feminino. #LAP rendeu seis singles: A faixa-título do álbum, “Express Yourself”, “Cherish”, “Oh Father”, “Dear Jessie” e “Keep It Together”.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Blackout e seus 10 anos

Definido como a bíblia do pop, reúne todo o vigor da princesinha


Lançado em 25 de outubro de 2007, no meio de turbilhão que tornou-se a vida privada da cantora Britney Spears. O álbum serviu como um trampolim de retorno a indústria musical após hiato de quatro anos e toda polêmica a que girava a sua volta.
Blackout deriva de gêneros como eletropop, funk, dance-pop, R&B, eurodance e dubstep, com pitadas de urbano. Os tons líricos presentes realiza recortes a canções como "I'm A Slave 4U" e "Toxic" e traços da inocência vista lá no início da carreira, quebrando todos os paradigmas. Para tanto, podemos observar as canções do disco como flertam temas de sexo e a dança, algo comum na discografia da #Brit, além de dosar elementos como a fama e a mídia, e não pautar de maneira doce, porém, de forma orgânica e ácida. 

Musicalidade
Produzido por Danja, The Neptunes, Keri Wilson, Jim Beaz, entre outros, o disco traz a primeira assinatura de #Britney como produtora executiva. Apresentando vocais considerados robóticos e uso deliberado de sintetizadores, temos três singles: a incrível e enérgica "Gimme More", a eletrizante e barulheta "Piece Of Me" e "Break The Ice" - irmã gêmea de "I'm A Slave 4U". Também temos "Radar" com seus elementos euro-disco e sintetizadores distorcidos do qual ganhou sobrevida como single de Circus. "Get Naked", dueto com Danja, contem todo o clima sexhot nos gemidos e sussurros; "Heaven On Earth", nos traz a recordação a rainha das pistas de dança, Donna Summer, e sua "I Feel Love", e segmentos que bebem do new whave e música experimental; "Toy Soldier", "Freakshow", "Ooh Ooh Baby" (pontua pela presença da guitarra flamenca), "Why Should I Be Sad" e "Perfect Lover", todas boas para dançar. 

Conceito
O que dizer da abertura com "Gimme More" e icônica frase "it's Britney, bitch"??? O disco vem carregado por ironia e à urgência do prazer hedonista, além de brincar com as expectativas do público. É bárbaro ver uma artista do importância de #Britney não ser rasa em relatar todo o sofrimento público com um disco recheado de baladas açucaradas. Porém, ela propõe o seu melhor; a dança, o suor, o autotune para deixar o passado de lado e seguir para o futuro.
"Blackout é o disco pós-apagão de #Brit, e obviamente era onde todo mundo foi para buscar entender o que tava se passando naquela cabeça, naquele momento. E o primeiro single, potencializado pela performance desastrosa do VMA, não deu a resposta esperada: como alguém que atravessa o inferno está "pedindo mais"? Como a dureza de um breakdown emocional não amolece seus sentimentos? (Não há baladas no disco, por exemplo). Em Piece Of Me, que talvez seja a música mais emblemática do disco, o lance da transferência de culpa que ela estabelece com a mídia é uma ótima sacada para despistar qualquer apontamento sobre sua própria subjetividade: não sabemos como o breakdown afetou Britney em suas próprias palavras (mesmo que não seja compositora, enquanto intérprete, seu discurso é o que ele projeta).", pontua Talles Colatino.  

Singles
- "Gimme More": primeira música de trabalho e abre o disco, e a mensagem é bem clara na abertura da faixa: "It's Britney, bitch!". A #PrincesaDoPop dá as coordenadas de como será todo o projeto musical. Muita música dance pop abraçando o eletropop e o funk. Nesta faixa, a jovem representante do sonho americano, trata de assédio da mídia e da invasão de sua vida privada. "Câmeras e flashes em meu caminho", verbaliza a cantora, entre sussurros, gemidos, gritinhos by #BritneyBitch

- "Piece Of Me": apontada com o hino, tem como base todo o eletropop em soma com pop groove, além de apresentar forte distorção vocal que confunde sobre quem realmente canta. E, os galos numa rinha?! Você nunca percebeu??? Então, ouça com atenção (rs). Brit diz: “eu sou a Miss Sonho Americano desde os 17 anos (…) eles ainda vão colocar fotos da minha bunda na revista (…)”. Nossa princesinha sendo hipócrita, pois muitas das situações vividas são alimentada pela própria. 

- "Break The Ice": aqui temos um revival a "I'm A Slave 4U". Bem na linha R&B e eletropo, a faixa concentra elementos de leve influência do rave e do crunk, subgênero do hip-hop. 

Polêmicas
Como não poderia deixar de lado, as polêmicas fazem desse álbum. Tanto que, a Igreja Católica chegou sugeriu boicote ao seu lançamento, por trazer Britney toda sensual num confessionário. As imagens produzidas por Ellen Von Unwerth, temos nossa princesa do pop em poses sugestivas ao lado de um padre. Daí, o apelido de "Bíblia do Pop". 

Recepção
Com análises positivas, o disco pontua como um trabalho sólido e a voz e o estilo que são inegavelmente de #Britney estão totalmente intactos. Contudo, cinco anos após seu lançamento, a revista Rolling Stone elegeu-o como o álbum mais influente da música. Tal escolha, não envolveu participação de fans ou da crítica, sendo uma decisão do jornalista Rob Sheffield, depois de ouvir a versão demo de "Telephone". “Gostei mais da versão da Britney do que a da Lady GaGa, que já é brilhante”, revelou. “‘Telephone’ lembra muito ‘Piece Of Me’, hit da Britney em 2007, revelando mais uma vez o impacto do trabalho de Britney Spears na música pop atual. As pessoas podem rir, mas o que esta demo de ‘Telephone’ prova é que ‘Blackout’ é o álbum que mais inlfuenciou a música pop nos últimos cinco anos”, explica. Para justificar sua escolha, Rob foi mais além: “Britney usa o auto tune como Bob Dylan usava sua gaita. Nada mais pode expressar o universo Britney que uma ‘música de telefone’ [o jornalista compara o efeito do auto tune com a distorção na voz através do telefone]. O que faz Britney Spears ser a mais perfeita dentre todas as cantoras pop é o romance entre sua voz e a máquina. Esta música é ideal para Britney. Você não pode machucá-la, não pode tocá-la porque ela está ocupada [brinca com ‘kind of busy’, letra de ‘Telephone’]. Ligue o quanto quiser, mas você nunca vai achá-la ao telefone”. E finaliza a matéria dizendo que não está desprezando a versão de Lady Gaga já que “não poderia viver sem ela”, mas o mundo seria melhor se “Telephone” tivesse sido gravada pela princesa do pop.

sábado, 21 de outubro de 2017

#SexBook: conceitual livro-imagem e seus 25 anos

Lançado como parte para promover a sexualidade 

ímpar de todos e seu erotismo musical



Com o distanciamento do lançamento desta obra-prima, podemos definir que nenhuma artista global será capaz de destrinchar a sexualidade com maestria e atingir pontos tão longínquos como nossa #RainhaDoPop o fez no início dos anos 90. 
O ano de 1992 é marcado pelo o fim de políticas autoritárias, a presença do contexto de sociedade tradicional e todas as fírulas conservadoras. Por sinal, algo muito semelhante que vivemos em tempos atuais, com o "bichinho" politicamente correto. 
#Madge vivia seu apogeu-clímax-auge da carreira, do corpo, de sua sexualidade aflorada, romances e todo o burburinho que causava em suas aparições públicas.
O livro tinha como missão o suporte visual palpável para o seu disco #Erotica, no qual chegará ao mercado um dia antes do livro. 
#Sex, buscava evidenciar suas fantasias e desejos mais secretos, passeando por tons do minimalismo com a personagem #Dita, alter-ego mais controverso e pervertido de #Madonna, livremente inspirada na atriz #DitaParlo
A combinação de sexo, arte, pop e a genialidade arquitetada pelo mago das lentes #StevenMeisel, transcendeu nas fotos incríveis e a direção primorosa de #FabienBaron, revelou para o mundo os sonhos eróticos, fetichismos pertecendo ao universo homossexual, sadomasoquismo, pedofilia e outras desaventuras maravilhosas do desejo. Num momento peculiar como a explosão da #Aids, dava os tons naqueles notórios anos 90. 
Pensando na concepção central desse projeto, #Madonna indicava uma exploração sexual, não de maneira gratuita, porém, expor ao mundo a liberdade sexual de cada um, não limitando o prazer, entretanto representar a voracidade da expressão de como você é, sem amarras.
Para tanto, destaca-se as participações especiais nesse projeto, nomes como: os modelos #NaomiCampbell, #VanillaIce, #IsabellaRosselinni, #ToniWard, o astro pornô #JoeyStefano, o ator #UdoKier e a socialite #TatianaVonFürstenberg, criaram ainda mais o clima de glamour a proposta.
O projeto não ficou restritivo as imagens, todavia contou com filmagem dos sets que fizeram parte do vídeo-clipe #Erotica, além de tornar um registro de duas horas, não oficial, intitulado #MakingOfSexBook

Exclusivo
Definido como um material exclusivo, a edição limitada-numerada pela #WarnerBook com capa de metal (uma edição espiral também compôs projeto) e um single-exclusivo com a faixa #Erotic (bem diferente da canção #Erotica), sumiu das prateleiras em apenas três dias. Com mais de 1,5 milhões de cópias vendidas ao redor do globo, tornou-se o livro (até hoje) limitado mais bem sucedido da história editorial americana.
A loucura em ter a caixa cromada era tanto, que muitas livrarias americanas chegaram a cobrar um dólar para folhear o material, pois não havia mais comercialmente sua venda. E, a grandeza do sucesso do livro, acabou ofuscando o álbum #Erotica, lançado paralelo.

Legado
Hoje, podemos afirmar, #Sex estava a frente do seu tempo (como tudo o que #Madonna propõe a fazer), como referência no conteúdo editorial fotográfico, principalmente no mercado de revistas masculinas. E, segundo o site #bookfinder.com, o livro continua sendo o mais procurado fora do catálogo nos #EUA até hoje. Porém, alguns fans têm como tesouro, visto que, é fácil encontrar sites de leilão com lance a partir de US$500.
Agora, quanto algum sentimento de arrependimento da #Madonna, é zero. Tanto que, no seu disco seguinte, #BedtimeStories, a própria responde ao mundo com a música #HumanNature.., "eu não me arrependo, é a natureza humana. Não sou sua puta. Não jogue sua merda em mim. Se expresse, não se reprima."
Em 2013, durante um bate-papo na rede #Reddit, a cantora comentou sobre uma sequência desse projeto. "Provavelmente nunca. Não existe sequência para o que é único." Na época, #Madge estava em plena divulgação de seu #SecretProjectrEVOLtion, permitindo uma comparação (leve) inevitável  a proposta dos dois materiais que busca olhar para minoria, e contemplar que todos somos singulares.

*Parceria com #MadonnaBrasil

 


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"Erotica: 25 anos do álbum polêmico"

As mudanças da estrutura pop nos anos 90



"Meu nome é Dita, serei sua amante está noite e gostaria de lhe colocar em transe...". O ano de 1992, mas precisamente o 20º dia de outubro, o mundo contemplava o que tornaria a maior ousadia de uma artista pop feminina inserida no mercado fonográfico e na cultura de massa, a globalização de conteúdo, a presença de fato, o universo da linguagem videoclipe como uma ferramenta de extrema importância para divulgar a música, aliado a um bom produto: o artista. 
O cenário mundial transbordava novos rumos, caminhos de abertura para um renascimento histórico como os movimentos transitórios com quedas de muros, políticas comuns chegando ao fim, guerras contraditórias e uma doença pouco conhecida (HIV-Aids) rodando o mundo e transformando a imagem 'GAY' como uma praga que acabaria por dinamizar o que seria a sociedade ideal-perfeita. 
Madonna, ciente de toda a loucura que a cercava, preparava uma ação de linguagem pop para lançar o disco #Erotica. Não para chocar as pessoas com o grande teor de sexualidade, fetichismo e erotismo presente neste novo projeto, e sim, lembrar que é possível ter amor, fé e luz, apesar de estarmos passando por provações rígidas na vida. E, para desmistificar essa obra, apontada por muitos críticos, como um dos melhores álbuns de estúdios dos anos 90, vamos dissecar os singles:


- Erotica: O primeiro single e dá o tom de abertura do álbum com a persona #Dita, personagem criada por #Madge para compor este projeto musical e o antológico livro-imagem #Sex. (Ab) usando da citação "meu nome é Dita, serei sua amante esta noite e gostaria de lhe colocar em transe.", Madonna provocou as estruturas com o dinamismo do que podíamos esperar nos versos e canções que compõe a tracklist do disco. A maneira de conduzir a produção do álbum, notamos as evidências de incorporar os seus desejos mais íntimos como parte do processo. #M expôs ao mundo algo que nunca tínhamos visto, através de uma artista feminina. A presença dos ruídos, gemidos e falas ofegantes são essenciais para dosar toda a temática erótica musical do single (e álbum todo), permitindo a #RainhaDoPop divagar sobre temas tão atuais como outrora, sinalizando o pré-conceito e a falta de informação sobre a Aids, ocasionando-a num grande desafio a ser descontruído e de satisfazer seu público com sede de música, além de alertar o mundo para a epidemia que assombrava o globo naquele momento.  

- Deeper And Deeper: nesse single temos uma alternância de sensação com o frescor de está presente em uma festa no melhor clima #Discothèque. As referências da linguagem dance-disc, beirando no abismo da descoberta da sexualidade feminina (tanto a hétero e/ou homo) com o encontro da noite, os tabus familiares e o desafio da religião no controle da sociedade. Tais tons, algo decorrente na carreira da Madonna, porém, temos sinais de flerte com assuntos demoníacos, magia negra e sessão espirita. Todavia, apenas #Madge poderá responder tais dúvidas sobre a presença desses tons neste single. 
- Fever: um excelente cover para compor o álbum, lembrado por muitos na inesquecível voz do #ReiDoRock Elvis Presley. A faixa condensa essa fase #HotMusic, vivida por Madonna, em 1992. Apesar dos comentários negativos, havia todo um combo de lançamento simultâneo para o disco, o livro-imagem #Sex (uma das maiores polêmicas da carreira), o #ThrillerSex "Corpo em Evidência", os preparativos da tour "The Girlie Show" (passando em terras tupiniquins pela primeira vez) e, por quê não incluir o #Doc "Na Cama Com a Madonna", na qual desnudava a figura da artista e a humanizava, além do proibido clipe "Justify My Love" com todo clima #PornSoft?!
- Bad Girl: a música contém a sonoridade presente os elementos que conceitua o álbum e suas experiências sem sucesso no campo amoroso e sexual. Afirmando assim, a sua persona de menina má, beija e está bêbada as seis... E o clipe um curta maravilhoso de perfeito. 

- Rain: apenas cito: "a música mais especial desse disco". Canção perfeita, realizada metricamente para homenagear sua mãe e a cantora Kate Carpenter (de quem Madonna é grande admiradora). Composta por #Madge é quase uma declaração de amor. Intimista, nossa #RainhaDoPop passeia pelo romantismo e deixando fluir sua áurea de interprete arrebatadora. Vale ressaltar o clipe, por muito tempo, havia a lenda dele ter sido filmado em preto e branco, e depois a coloração sendo aplicada na finalização, salteando as cores preta e azul. Porém, veio a tona que essa informação era falsa. 

- Bye Bye Baby: engraçadinha, a letra preza em falar sobre relacionamentos, destacando as mágoas e dores que o eu-lírico cantante enfrentou com seu algoz. 


Musicalidade
"Erotica" preza pelas referências de elementos da house music, dance e eletrônico (influência do produtor Shep Pettibone) e apontar linhas de jazz e hip-hop (introduzida por André Bettis). Tais ritmos, iremos novamente sentir com assiduidade no clássico "Ray Of Light", responsável em inserir a Madonna no ambiente da música eletrônica novamente. 
Para tanto, o álbum não falava apenas de sexo (temática maior), entretanto, passeia por letras que retratam desencontros, brigas, aceitação, mentiras e, acredite, amor. No mais, toda a controvérsia em torno do disco tinha um quê proposital. A crítica especializada, aceitou de maneira mista a proposta da cantora e sua genialidade de propor uma vivência artista com o livro-imagem #Sex, material carregado na expressão sadomasoquista, sexo explícito e conteúdo homoerótico. Contudo, a ala conservadora do mundo não estava (e continua não estando hoje) preparada para quebrar os tabus dentro de casa. 

Curiosidade
A faixa final, "Secret Garden", figura como uma das melhores composições de Madonna e a forte presença de jazz, blues, saxofones e piano, dando a faixa o melhor momento de fechar o disco.
Outra curiosidade é a canção "This Used To Be My Playground" ter sido escrita durante o processo de desenvolvimento do disco "Erotica", mas rejeitada pela própria cantora e a insistência da gigante #WarnerMusic em colocar na tracklist final; porém, a diva alegou que a música não fazia conexão com conceito proposto do álbum. Algum tempo depois, a gravadora aproveitou a faixa na trilha-sonora do filme "Uma Equipe Muito Especial", estrelado por #Madge, e está na coletânea açucarada "Something to Remember".


* Parceria com #MadonnaBrasil <3 p="">



























sexta-feira, 6 de outubro de 2017

35 anos: Everybody

Single vendeu imagem negra da Rainha do Pop





Ícone da música feminina contemporânea, celebra neste dia 06 de outubro de 2017, trinta e cinco anos de carreira e soberana plena da indústria pop.
Com esta data, Madonna deu pontapé inicial a sua carreira, lançando através do selo Sire Records, o primeiro single: “Everybody”.
Presente no disco (conhecido como #TheFirstAlbum) “Madonna”, apenas lançado no ano seguinte, o single sinalizava a forte carga de elementos sintetizadores e pegada hip-hop e R&B, além de suingue afro-americano.
A faixa, estava na demo de 1981 com as demais "Ain't No Big Deal", "Don't You Know" e "Stay", que Madge carregava abaixo do braço e andava pelos clubes nova-iorquinos, oferecendo aos Djs para tocarem.
Inicialmente recusada pela Island Records, a jovem dançarina chamou a atenção da Sire por chegar num momento bem propício, pois vivamos no início dos 80 a dissolução da banda sueca ABBA, um dos maiores fenômenos eurodancepop, e a consolidação de Michael Jackson, apenas ocorreria um ano mais tarde, após o meteórico #Thriller, catapultou como #ReiDoPop.

Marketing
O departamento de marketing da Sire, preferiu esconder o rosto da sua nova estrela, vendendo na capa do single imagens de ruas do centro e subúrbio de Nova York com crianças negras brincando, fazendo referências claras aos sons bases da faixa. Apenas com o lançamento do seu primeiro álbum, o público tomou conhecimento da etnia dos vocais.

Versão Original
A demo original constava com vocais mais robustos, pesado e sujo, além de ter como backing vocal uma voz masculina. Com o lançamento do disco remix “You Can Dance”, Madonna buscou as referências da demo para ficar o mais próximo do original que a levou ao estrelato.

Vídeo
Numa era que o vídeo-clipe caminhava, a proposta serviu para mostrar a cara da jovem Madonna para o público e todo visual carregado do começo de carreira, cabelão armado, maquiagem pesada e roupas extravagante. Com um custo de US$ 1.500 e filmado no clube Danceteria, nunca surgiu em alguma das coletâneas de vídeo da cantora.

Lenda do Hospital
Segundo a biografia “Madonna”, de Daryl Easlea e Eddi Fiegel, o executivo da Sire Records, Seymond Stein, estava internado quando recebeu em mãos a faixa, querendo fechar o contrato com Madge o mais rápido possível. Contudo, a assinatura ocorreu no próprio hospital. Madonna recebeu US$ 5 mil de adiantamento por esta música e mais uma, a “Burning Up”. Quando finalizou a gravação do primeiro disco, recebeu mais US$ 10 mil em royaties por cada faixa composta.

Apresentações em Shows
- Sticky & Sweet Tour (alguns shows)
- MDNA Tour (no dia 06 de Outubro)
-
Rebel Heart Tour (na estreia da turnê)