Passagem épica por terras
tupiniquins
Comentar sobre
essa turnê é como viajar no tempo e relembrar minha infância e identificar
aonde nasceu minha admiração pela “Rainha do Pop” Madonna.
Era novembro de
1993, a internet nascia com dosagem de passos lentos, muitos nem imaginara sua
posição midiática de base fundamental na vida normativa dos seres humanos, tão
era vagarosa sua implementação na vida social, sendo de suma importância o trio
certeiro de comunicação: televisão, rádio e jornal/revista para o contato
essencial com mundo e a cultura pop. Em tempos que acabará de desembarcar o
selo MTV no Brasil, Madge chegava com seu meteórico show de encher os olhos com
a volúpia de sua potencialidade artística, algo jamais visto anteriormente por
nenhum artista, ainda mais feminino antes. Toda a linguagem teatral, a textura
de circo, a excelência musical e o domínio da dança; tudo ao alcance dos seus
fans efervescente dos trópicos. Um mix da melhor forma física e artística da
cantora, apresentados até ali, após três tours bem sucedidas; apontava com seu
alterego Dita (personagem que ganhou corpo devido seu trabalho anterior) o
polêmico e conceitual “Erotica”, o livro “Sex” que bebia do leque do fetichismo
variado entre os seres humanos e o transgressor filme “Corpo Evidência”, tínhamos
a Madonna livre e solta como nunca (não que hoje seja diferente, mas estamos
falando do início de 1990, quando tudo era no underground).
Em sua passagem
pelo Brasil, Madge constava em jornais e programas de tevê diariamente, a
imprensa no geral, cravou sede de frente ao lendário Ceaser Park Hotel, na
Augusta, em São Paulo; na ânsia de vigiar todos os passos da artista pela
cidade. A loucura do inferno pop, a gritaria, o alvoroço, a parafernália, as
luzes, as câmeras, os fans, o policiamento e tudo mais, refletiam comentários
da própria Madonna das dificuldades e incômodos encontrados para dormir e se
preparar para as apresentações no país.
Foram dois espetáculos,
um na cidade de São Paulo, no dia 03 de novembro, levando um público de 70 mil
pessoas ao Morumbi, sendo ali seu maior público pagante dessa turnê. E, no dia
06 de novembro, os cariocas contemplaram uma apresentação no maior estádio do
mundo, Maracanã, chegando ao recorde de 120 mil pessoas.
Toda teatralidade
apresentada era composta pelos conceitos e engenharia de palco desenvolvida
pelo fiel escudeiro (até então) e amigo, Christopher Ciccone, seu irmão, que
conduzia ao seu lado, a maior viagem do show biz.
Madonna apresentava
sua obra-prima, uma evolução artística de extrema expressividade, sua essência magistral
dominadora que conquistou o mundo afora, condensou com sua passagem pelo
Brasil, agraciando seus súditos com algumas surpresinhas (algo que continua a fazer
até hoje). Frases feitas em português e abrir parte de seu show ensaio para
público, foram algumas dessas surpresas. À noite, entoou o clássico “Garota de
Ipanema”, além de vestir a camisa da seleção canarinho em Sampa, enquanto na
apresentação do Rio, a camisa do Flamengo foi destaque, levando o público ao delírio.
Deixando sua
marca e sintetizando sua breve e operística passagem por nossas terras tupiniquins.
Setlist:
Intro
Erotica
Fever
Vogue
Rain / Just My Imagination
Express Yourself
Deeper and Deeper
Why’s It So Hard
In This Life
The Beast Within
Like a Virgin
Bye Bye Baby
I’m Going Bananas
La Isla Bonita
Holiday
Justify My Love
Everybody
Erotica
Fever
Vogue
Rain / Just My Imagination
Express Yourself
Deeper and Deeper
Why’s It So Hard
In This Life
The Beast Within
Like a Virgin
Bye Bye Baby
I’m Going Bananas
La Isla Bonita
Holiday
Justify My Love
Everybody
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