Fina Estampa da Avenida Brasil

Ontem ao ligar meu televisor, tive a nítida esperança que o final exposto sexta-feira da novela 'Fina (nada) Estampa' não era o proposto; e sim, que tínhamos mais uma semana de trama pela frente. Fato assim, não concluído, e que Griselda e cia tinha realmente enfim acabado de contarem suas histórias.

O autor cumpriu seu papel, deixar no ar e solto partes importantes da história ali contada, como era de esperar de um escritor com pouco o que tem a dizer, citar seus antigos personagens ou textos para  incrementar suas tramas nada reveladoras.

'Fina' deixou um  vazio de alivio do fim, não perdeu sua graça, por conta dos personagens de desenhos assumidos em sua obra. Temos que evidenciar o pelo trabalho de Marcelo Serrado por trazer de maneira poética e cômico um persona de ideias baseadas em desenho animado e não levantar nenhum ideal politico já visto em tramas anteriores. Sem esquecer também que a bruxa malvada da "Branca de Neve" pode existir na terra do faz-de-conta do Aguinaldo. Outro descaso com o talento, (Lilia Cabral), ser vista a correr atrás daquela carruagem motorizada da tal bruxa em questão com uma chave de grifo em punho....

Bem tipico do próprio escritor, não inovando a maneira de abordar determinados temas ou situações do cotidiano, deixando sempre a quem o último ato.

Mas, como é de esperar uma nova novela no lugar da obra acabada, "Avenida Brasil" nos enche os olhos de graça e tramas mais bem amarradas e texto/suspense clássico do João Emanuel. Tendo a delicadeza de apenas mostrar ao telespectador três núcleos e com a participação especial e entrega total de Tony Ramos a seu personagem, nos deixando de imediato com raiva e repulsa da grande vilã. No sua primeira cena provando realmente a que veio e que será lembrada nas telenovelas.

Abortar a cultura clássica dos brasileiros e amantes de futebol, bigamia e o desprezo pela madrasta, nos leva a sessão do que vem por ai. Já ansioso em sentar no meu sofá para acompanhar mais um capitulo.