domingo, 4 de março de 2012

Nossa busca incansável


Na calada da noite, sinto a brisa a tocar minha pele macia, quase branca. De um sol que não verás desde o último verão. Tal primavera, lânguida em sua presença ou num outono de cair invernal das flores amarelas.
Cerrar os olhos úmidos, de águas salgadas rolarem da faceta nobre do ser mais puro e invejável. A ilusão de imaginar você para mim, nota-se que jamais olhou ou se quer pensou, a me olhar fosse amor. Detritos dos sonhos mais íntimos, desejos mais obscuros, onde todos os caminhos apontam-me vossa excelência de personalidade tão 'gran-vivant'...
Não quero muito, somente tenho em mente, saber o que passa nessa caixola de ideias tão sensoriais e intrigante do que foge ao meu controle. Inevitável é o ócio de particularidades do querer entender o lastimável. Buscar tua carne, do calor, duma brasa; existente num amanhecer. 
O rei do dia, com forte brilho e luz própria, prova do que é capaz. Luta ferozmente pelo seu amor, onde desencontros diários, tornam tal passagem; o sonho de verão. Mas, que sonho é esse? O astro que reflete sua imagem e semelhança? 
E quando o maior dos oceanos, tem necessidade de intervir na capacidade de permitir a distancia entre dois mundos. E nem, o lago ou mar mais morto, entenderia sua exigência de descobrir o epitáfio.
Assim, diante de um deserto de sabores seus, sedento pelo oasis daquele mais pura água de matar sua sede pela sabedoria interna, ciente da procura do externo em volta.
E como num conto de fadas, ele chega em seu cavalo branco, numa imagem mais que celestial. Apontar que nem tudo pode ser da maneira que você cogitou.
Todavia, almeja este conto, mas onde eu conto?! Dissertar em uma folha branca de papel, com letras singulares que descreve a verdade do que possuo?! Nunca terás de fato, seu corpo tocado por este, príncipe imaginário....
Adormeço e retorno a calada da noite, sinto a brisa a tocar minha pele macia, quase branca...

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