quarta-feira, 16 de maio de 2012

Paraisos Artificiais


Posso dizer que minhas segundas tem sido agradáveis nessas últimas semanas...
Semana passada recebi um convite para ir assistir "Paraísos", filme que já havia notado algo bem peculiar no meu querer olhar observador de um provável crítico de cinema.
Aceito o convite, nesta segunda fomos em grupo de amigos admirar ideias "Artificiais" de entretenimento em massa ou pouco dessa.
Fico surpreso já no trailer das próximas películas não mais aventuras do cinema brasileiro, deslumbrado de como desde 'Carlota' nosso jeitinho de fazer a sétima arte esta cada vez melhor.
No filme, logo apresenta ao espectador uma obra contada em três fragmentos, mesclando situações de um passado recente do fio condutor da história. Gerando uma certa aflição, angustia, tensão, tesão, loucura em encaixar tais roteiros da vida real, gravando e integrando seus participantes no melhor estilo crossroad de abortar temas eloquentes da vida jovem.
Tal obra, nos enchem os olhos pela escolha do diretor em filmar locais fora do contexto habitual, traduzindo um país de beleza revelador muito além do que nossos lindos olhos nos permitem em admirar.
Mesmo no usual de um assunto tênue e difícil em destacar, deixaram em terceiro plano e somente um pano de fundo a dobradinha drogas e música eletrônica com um sotaque carioques e um hippie velho conselheiro, um guru das boas relações com arte e entendimento provocador em questionar a existência a vida e do viver.
Amplitude da festa num lugar paradísico, constroem de maneira quase verdadeira o surgimento e ascensão de um dj, traçando todo o caminho até chegar ao topo de desejos dos jovens em busca dos seus sonhos.
Alguns pontos me tocaram muito ao desenrolar a historia, cito a conversa desprovida de qualquer ideia a beira mar ao lado de uma amiga sobre estar em parceria comunhão seguindo a velhice. Momento sábio de um papo tranquilo jovial que provamos em ter com nosso cúmplice amigo fiel.
Outro ponto, conforme segue a singela historia, tomamos a lealdade do afeto entre irmãos; chego esboçar em meus olhos as lagrimas de confidência e a necessidade de ver seu ídolo próximo, e não conseguir abrir seu coração e dizer "EU TE AMO".
Tive lances de flashback ao assistir o Marcos Prado, a sensação de sua obra não ser 'Brazuca' (cito isso por já ter este olhar com obras recente), pela boa qualidade dos seus atores em contato com seus personagens. Tal sintonia muito bem observada nas boas e constantes cena de sexos do filme.
Ok, é um filme jovem, direcionado sem querer a este nicho...Mas mesmo com tantas cenas, os encaixes são perfeitos no detrimento que o condutor quer cravar com a historia do que veio contar.
Posso dizer que estamos chegando no paraíso brasileiro de filmes bem executados, roteiros bem produzidos, equipe técnica bem direcionada e atores fantásticos que provam do seu saber e não se limitam a uma novela das nove.
Ansiosos por mais filmes como este, que abusam do meu pensar e construir um entendimento intimo e pessoal do meu "Paraísos Artificiais"!

Bom filme.


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