quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Bedtime Stories - 18 Anos

Dia 25 de Outubro de 1994
Lançamento de "Bedtime Stories" pela Maverick Records
O álbum em questão, celebra neste ano seus 18 anos (chegando a maioridade rs), e para comemorar a data, entrando no clima de contagem regressiva #MDNATour Brasil - vamos conhecer um pouco mais desse trabalho tão revelador, proposto pela rainha do pop nos anos 90.
Como sou uma pessoa saudosista, nostálgico e meio 'new age', não poderia comentar sobre esse trabalho sem contar com o meu "bauzinho" de bolachão preto (leia-se vinil clássico ou long play ou para os íntimos, LP) e ouvir atentamente esse álbum para compor todo o post.
Durante o momento deleite, sua sonoridade apresentada, percebe-se como "Bedtime Stories" continua tão envolvente e delicioso de ser ouvir.
Madonna, quando gerava esse conceito de trabalho, tinha como propósito de ser seu sexto álbum de estúdio, uma temática ainda ligada em seu projeto anterior ("Erotica"). Mas, em meio de reuniões, "BS" seguiu o caminho mais puxado pelo R&B, predominante o som conceitual desse álbum. As presenças fortes dos produtores Dallas Austin, Babyface, Dave "Jam" Hall e Nellee Hooper, traçava essa suavidade empregada por Madge pós o sexual e controverso Erotica.
Suas inspirações R&B contemporâneo e sons de new jack swing, pontua o desenvolvimento de um modo geral, mais mainstream. Quanto o seu antecessor ("Erotica"), passeava por tangentes da sexualidade e numa abordagem de amor mais sucinta e operística, "Bedtime Stories" explora temas líricos de amor, tristeza e romance, deixando mais "puro" a sexualidade um tanto massacrada e o grande teor erótico do seu anterior álbum. 
A crítica na época, descreveram como um álbum "autobiográfico" da artista, possuindo canções a exemplo de "Human Nature" abordando a visão de divergências de opiniões nos assuntos levantados em torno de "Erotica".
Mesmo depois de todas as polêmicas ocasionadas mediante ao lançamento simultaneamente do álbum "Erotica" e o livro "Sex" (1992). Seu objetivo era abrir um leque de possibilidade mais pertinentes entre o âmbito sexual explícito (em letras e fotos) e a sua relação de amor ideal, mas recebidos pelos seus fãs.
A exemplo disso, Madge resolveu reinventar sua imagem para melhor se conectar com seu público e reparar os danos que a imagem exageradamente exposta sexual causou para sua carreira. Podemos citar como parte desse período de transição, a canção "I'II Remember", desenvolvida para este proposito, sendo incluida na trilha do filme "With Honors".
O álbum teve a colaboração no início dos trabalhos de Shep Pettibone, trazendo referências estilisticamente semelhantes ao "Erotica". Entretanto, o maior desejo de Madonna era suavizar sua imagem pública, revelando sua admiração por artistas do segmento R&B e investindo nessa linha para compor todo o material sonoro de "Bedtime Stories" possui características bem peculiares, e suas descrições geradas como "morno, profundo, encaixes gentilmente pulsantes".
E, para entender melhor toda essa influência musical, vamos dissecar os singles:

- Secret (1ºsingle): sua forte presença de violões, vocais habilmente adoçados numa dosagem certeira de badala-pop-açúcar-em-pó e a assinatura da musicalidade R&B, Madonna passeia por nichos pouco usual em sua discografia de repertório até então. Assumindo sua pegada, levada e flerte com a black music.

- Take a Bow (2ºsingle): todo o teor de romantismo e negligência do amor sujeito, uma letra densa e dolorida, mas no contra-ponto suaviza com a doçura da fala cantante.

- Bedtime Stories (3ºsingle): não é apenas o single que denomina o nome do álbum, mas a compositora deixa aflorar sem rodeios sua personalidade na letra. Bjork, "mãe" dessa música, exprime toda a sintonia desejada por Madonna naquele momento - A Reinvenção. Permitindo o debut de sua fase mais eletrônica que veríamos posteriormente. A canção marca magistralmente a sua atmosfera excêntrica protuberante.
Com o consenso de um parêntese, vou comentar um pouco sobre este clipe, sua importância e relevância a arte. "BS" é o único trabalho áudio-visual pertencente ao acervo do museu MOMA (NY, city). Suas ideias apresentam grandes reverências a arte como um todo. É uma obra-prima, sendo um dos mais belos video-clipes de Madonna.

- Human Nature (4ºsingle): última canção trabalhada desse álbum. É uma resposta (um nocaute) a hipocrisia da sociedade, um tapa na cara de muitos por contas das duras críticas expostas ao "Erotica", onde Madonna não demonstra nenhum tipo de arrependimento. Afinal de contas, é a natureza humana...

Bedtime Stories teve seu estilo comparado aos artistas que atrai pela influência do som "R&B". Nesse período de imersão de composição do álbum, sua ideia inicial para ser mais popular e menos controverso do que seu antecessor. Portanto, isso conclui alguns trabalhos mais confessionais e de confronto de Madge
Jim Farber do Entertainment Weekly escreveu: "ela não é só descarrega nunca na mídia, mas também detalhe uma visão preocupante e profundamente pessoal de romance. Nunca houve letras autobiográficas como estas." As letras contém uma "mistura de tristeza e romance". Apesar de fazer parte da restauração de imagem, ficou claro nesse período da sua vida como um "projeto de vingança" contra todas as pessoas (inclusive os meios de comunicação) que não entenderam a mensagem do outro álbum e nas insistência de invadirem sua vida pessoal, já que num passado recente estava a mão de todos, ela esperava que eles iriam parar e se concentrar em suas músicas.
Destaque também para a amostras de alguns singles de outros cantores presentes nesse trabalho, criando um elo de composição interessante em todo o material apresentado.
Outro foco, é a pequena aparição de suas faixas diante as tour de Madonna, apenas três singles ganharam presenças nas turnês.

Fica com o clipe "Take a Bow" - considerada a  maior canção balada do universo pop nos anos 90!



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