Canção
levantou polêmica com abordagem
da gravidez na adolescência
O ano era 1986, o mês junho e o dia 11, a
cantora lançava a música, segundo single de seu terceiro álbum, “True Blue”. Como polêmica é sinônimo de
Madonna, a rainha tocava em um
assunto difícil e controverso nos versos dessa canção.
Tratar de gravidez na adolescência era ainda
tabu, apesar de ser frequente jovens está grávida antes do casamento, Madge, viu nesse assunto um bom motivo
para lançar essa faixa. Composta por Brian
Elliott, trazia relatos verídicos sobre conversas de adolescentes, onde
surgiu a inspiração direta da composição. A rainha contribuiu realizando
algumas revisões na música, sendo a faixa que menos participou diretamente em
sua composição neste disco.
A levada dance-pop com instrumentação de
guitarras com cordas de aço, guitarras elétricas e guitarras rítmicas,
instrumentos de teclas e instrumentos de cordas, dão todo o tempero para o
assunto da gravidez precoce, sendo um hino contra o aborto.
Entretanto, a crítica esboçou diversos
comentários sobre a música, sendo na revista Blender, por Tony Tower,
um dos olhares mais interessantes: "falsas
cordas barrocas e o dilema do aborto de 'Papa Don’t Preach' anunciavam uma nova
Madonna, menos querelante, uma menina apaixonada por Sean Penn e potenciada
pelo compositor-produtor Pat Leonard.", escreveu.
Clipe
Dirigido por James Foley, vemos a desconstrução da imagem carregada de maquiagem
e adornos pesados para um estilo Gamine,
numa referência natural ao estilo Shirley
MacLaine e Audrey Hepburn nos
anos 50, sendo apropriado pela Madonna
neste vídeo. Essa transição de imagem serviu para introduzir M no universo adulto. Com aparência tomboy, jeans, jaqueta de couro e uma
camiseta com slogan “Italians do it
Better” (italianos são os melhores), temos uma Madonna sexy, apresentando um corpo tonificado e musculoso, cabelo
louro e curtinho, maquiagem clean e leve.
Apresentações
Ao Vivo
A cantora apresentou “Papa Don’t Preach” em quatro de suas tours internacionais.
-
Who's That Girl Tour:
Em sua primeira grande turnê, a canção foi apresentada e dedicou a canção ao
Papa, após o primeiro conflito direto com o Vaticano, uma vez que João Paulo II sugeriu aos fans italianos,
boicote nos shows;
-
Blond Ambition World Tour: Considerada a mãe das turnês da
Rainha do Pop, houveram duas apresentações distintas nas edições em DVD (Blond Ambition - Japan Tour 90, gravado
em Yokohama e Live! - Blond Ambition WorldTour 90, gravada
em Nice) para
esse show. Trajando uma caftan preta, a cantora dançava energeticamente, além
de ter uma plataforma cheia de velas em segundo plano;
- The Re-Invention Tour: No melhor estilo escocês com kilt
(uma homenagem ao seu, então marido, o cineasta Guy Ritchie), a cantora usou
camisetas inspiradas no clipe, que dizia “Kabbalists do it Better” (Cabalistas
são os Melhores) na maioria dos shows. Em concertos no Reino Unido e Irlanda,
Madge vestiu camisetas com os dizeres "Brits do it Better"
(Britânicos são os Melhores) e "Irish do it Better" (Irlandeses são
os Melhores).
- The MDNA Tour: Mantém clima rock’n’ roll e mashup com "Hung Up".
Curiosidades
- Vendeu 600 mil cópias somente no Reino Unido;
- É o quarto single atingir #1 da Billboard Hot 100;
- A cantora Kelly Ousborne gravou uma versão hard rock da música. Veja o aqui;
- O seriado Glee fez sua versão para a canção. Embalada por um violão, os
personagens Puck e Quinn transformaram o manifesto sobre
uma garota imatura e irresponsável na luta pelo direito em ter seu filho, num
poderoso desabafo minimalista e íntimo, em um som acústico. Sendo a primeira
canção da Rainha usada na série. Veja aqui;
- Outro cover é a versão ao vivo da
cantora italiana (e assumidamente fan de Madonna) em seu show Inedito Tour
2014. Veja aqui.
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