sábado, 11 de junho de 2016

Papa Don’t Preach: 30 anos

Canção levantou polêmica com abordagem 
da gravidez na adolescência


O ano era 1986, o mês junho e o dia 11, a cantora lançava a música, segundo single de seu terceiro álbum, “True Blue”. Como polêmica é sinônimo de Madonna, a rainha tocava em um assunto difícil e controverso nos versos dessa canção.
Tratar de gravidez na adolescência era ainda tabu, apesar de ser frequente jovens está grávida antes do casamento, Madge, viu nesse assunto um bom motivo para lançar essa faixa. Composta por Brian Elliott, trazia relatos verídicos sobre conversas de adolescentes, onde surgiu a inspiração direta da composição. A rainha contribuiu realizando algumas revisões na música, sendo a faixa que menos participou diretamente em sua composição neste disco.
A levada dance-pop com instrumentação de guitarras com cordas de aço, guitarras elétricas e guitarras rítmicas, instrumentos de teclas e instrumentos de cordas, dão todo o tempero para o assunto da gravidez precoce, sendo um hino contra o aborto.
Entretanto, a crítica esboçou diversos comentários sobre a música, sendo na revista Blender, por Tony Tower, um dos olhares mais interessantes: "falsas cordas barrocas e o dilema do aborto de 'Papa Don’t Preach' anunciavam uma nova Madonna, menos querelante, uma menina apaixonada por Sean Penn e potenciada pelo compositor-produtor Pat Leonard.", escreveu.

Clipe
Dirigido por James Foley, vemos a desconstrução da imagem carregada de maquiagem e adornos pesados para um estilo Gamine, numa referência natural ao estilo Shirley MacLaine e Audrey Hepburn nos anos 50, sendo apropriado pela Madonna neste vídeo. Essa transição de imagem serviu para introduzir M no universo adulto. Com aparência tomboy, jeans, jaqueta de couro e uma camiseta com slogan “Italians do it Better” (italianos são os melhores), temos uma Madonna sexy, apresentando um corpo tonificado e musculoso, cabelo louro e curtinho, maquiagem clean e leve.



Apresentações Ao Vivo
A cantora apresentou “Papa Don’t Preach” em quatro de suas tours internacionais.

-  Who's That Girl Tour: Em sua primeira grande turnê, a canção foi apresentada e dedicou a canção ao Papa, após o primeiro conflito direto com o Vaticano, uma vez que João Paulo II sugeriu aos fans italianos, boicote nos shows;

- Blond Ambition World Tour: Considerada a mãe das turnês da Rainha do Pop, houveram duas apresentações distintas nas edições em DVD (Blond Ambition - Japan Tour 90, gravado em Yokohama e Live! - Blond Ambition WorldTour 90, gravada em Nice) para esse show. Trajando uma caftan preta, a cantora dançava energeticamente, além de ter uma plataforma cheia de velas em segundo plano;

- The Re-Invention Tour: No melhor estilo escocês com kilt (uma homenagem ao seu, então marido, o cineasta Guy Ritchie), a cantora usou camisetas inspiradas no clipe, que dizia “Kabbalists do it Better” (Cabalistas são os Melhores) na maioria dos shows. Em concertos no Reino Unido e Irlanda, Madge vestiu camisetas com os dizeres "Brits do it Better" (Britânicos são os Melhores) e "Irish do it Better" (Irlandeses são os Melhores).

- The MDNA Tour: Mantém clima rock’n’ roll e mashup com "Hung Up".


Curiosidades
- Vendeu 600 mil cópias somente no Reino Unido;
- É o quarto single atingir #1 da Billboard Hot 100;
- A cantora Kelly Ousborne gravou uma versão hard rock da música. Veja o aqui;
- O seriado Glee fez sua versão para a canção. Embalada por um violão, os personagens Puck e Quinn transformaram o manifesto sobre uma garota imatura e irresponsável na luta pelo direito em ter seu filho, num poderoso desabafo minimalista e íntimo, em um som acústico. Sendo a primeira canção da Rainha usada na série. Veja aqui;
- Outro cover é a versão ao vivo da cantora italiana (e assumidamente fan de Madonna) em seu show Inedito Tour 2014. Veja aqui.



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