Xtina
expõe sua voz milimetricamente trabalhada em letras
intensas, autobiográficas num misto de redenção,
pecado, agradecimento, amor e ódio
intensas, autobiográficas num misto de redenção,
pecado, agradecimento, amor e ódio
Definido como "um retrocesso para os anos 20, 30 e 40, nos estilos de jazz, blues, e soul, mas com um toque
moderno" pela própria cantora, fazemos uma viagem musical ao universo
do soul, jazz e R&B, homenageando os grandes nomes do cenário, além de
acrescentar um tempero atual para a diva clássica que surge após despir-se para
o mundo em 2002.
Para seguir esse caminho retrô, Aguilera contou com um time de
produtores como Linda Perry
(parceira desde “Stripped”), o DJ
Premier, Rich Harrison, Kwamé e Mark Ronson; contribuindo para ideias pinçadas de experiências vivenciadas
pela Christina, apontando todo o
caminho musical que nasceu a partir da admiração de nomes como Etta James e Billie
Holiday, divas souls presentes na vida da cantora desde a infância.
Conceito
retrô
A linguagem visual aponta toda a proposta
do álbum, Aguilera desejava um mergulho
pelos sons dos anos 20, 30 e 40 com “Back to Basics”. Todavia, a imagem busca nesse orbe o clima para a arte do
álbum, citando lendários nomes como: Bette
Davis, Marlene Dietrich, Marilyn Monroe, Carole Lombard, Judy Garland,
Greta Garbo, Veronica Lake para definir suas inspirações para compor a figura de
ícone para seu alter-ego “Baby Jane”. Coube a fotografa alemã Ellen von Unwerth transpor toda
representação do início do século XX nas imagens que compõe o encarte do disco
e o material que fará parte da divulgação do mesmo. Criando assim, todo o clima
moderno de um clube burlesco dos anos 20, apostando numa vibe de clube antigo
com blues e jazz.
Crítica
É drástica positivamente a mudança visual
e musical na carreira de Christina,
com “Back to Basics” os tons são
amplamente notáveis pela composição de “Baby
Jane”, fazendo uma ponte de ligação com todo o clima soul/jazz e a temática
das décadas de 20, 30 e 40. Desse modo, o disco teve uma das melhores
recepções da crítica pop, fazendo de Xtina
aclamada com o álbum “obra-prima”, uma declaração artística, repleto de temas
vintages na sonoridade, a moda dos anos 50 e 60 explorada, além dos elementos
circenses, cabaré e muita sensualidade.
O “The
Observer” apontou que “este
[disco] é um prato robusto, com clock de
22 música, 90 minutos e contando que um disco pretende ser uma homenagem a
música dos anos 20, 30, 40 e 50, tendo uma diva audaciosa”.
Legado
Podemos definir como glamour a palavra
chave para essa etapa bem-sucedida da carreira da cantora, alimentando uma
imagem forte, tornando um símbolo sexual, ícone de beleza e moda. Liricamente, quando iniciou o processo de
desenvolvimento do disco, Aguilera
incorporou fundamentos pessoais de sua vida nas composições. O primeiro disco é um regresso aos anos
20, 30 e 40, ambientado com blues e jazz, sem esquecer do toque moderno com
as batidas orientadas pelo produtor DJ
Premier. Podemos afirmar que ele cumpre o papel de manter o tradicional pop
da discografia da voz da geração e ditar as tendências atuais. Concentra-se na
primeira parte momentos dançantes como nas faixas “Slow Down Baby”, “Ain't no Other Man”, “Here to Stay” e “Back in the Day”. Outrora momentos mais
virginais, como em “Understand” e “Oh Mother” (por sinal, a faixa é
dedicada a mãe da cantora pela fase abusiva e infernal que passou com o
marido). O disco vira no ponto alto quando encontra a fusão entre o clássico e
o moderno (numa sintonia perfeita) com encaixe da gospel-secular “Make Me Wanna Pray” e a jazz/romântica “Fuss”.
Enquanto o segundo mantém a autenticidade,
aderindo a uma verdade crua, com toques de soul, sendo as músicas um registro
vivo de todos, um mergulho de fato nas raízes musicais que pretende o título do
álbum. Saindo totalmente da casinha ‘mainstream’,
a compositora Linda Perry eleva a
qualidade das canções a um nível absurdamente indiscutíveis. A introspectividade em forma de balada com “Save Me From Myself”, a graciosa (apesar
do excesso de gritos) “The Right Man”
fecha o segundo disco. Porém, “Hurt”
é o ápice vocal da diva, num clima nostálgico deslumbrante e vocalização das
mais surpreendente da cantora, no qual a transformar na “Voz da Geração”. Não podemos deixar de fora a faceta libidinosa de “Nasty Naughty Boy” e “Candyman” que ficaria muito bem melhor
colocada na primeira etapa do álbum, mas não quebra o equilibro do suprassumo
da audição com os tons divertidos presentes na letra.
Singles
O álbum fruteiro cinco singles (sendo 2
promocionais) durante o período de divulgação. São eles:
-
"Ain't No Other Man": aclamada pela mídia
especializada e potencializada com os vocais de Aguilera, a faixa ditava a mudança no estilo musical. O vídeo
musical teve a direção de Bryan Barber
que retratou o ambiente anos 30 e 40, além de incluir a nova personalidade “Baby Jane” da cantora --- dançando e
cantando em uma boate com suas amigas parceiras. No vídeo temos trechinho de “I Got Trouble”.
- "Hurt": pode ser classificada como melosa, mas temos um dos momentos vocais mais puro de Xtina, além de fazer Babra Streisand chorar rios de lágrimas pela dramaticidade que expõe a letra com paixão, força, tristeza, dor e emoção em uma letra perfeita ao lidar com o abandono e a redenção. Seu clipe dirigido por Floria Sigismondi e co-dirigido pela própria cantora incorpora os elementos circenses dos anos 30 e 40, e a interpretação da artista como uma ‘showgirl’, que se importa mais com seu estrelato do que com o seu pai, mas tudo muda após a morte do mesmo.
- "Hurt": pode ser classificada como melosa, mas temos um dos momentos vocais mais puro de Xtina, além de fazer Babra Streisand chorar rios de lágrimas pela dramaticidade que expõe a letra com paixão, força, tristeza, dor e emoção em uma letra perfeita ao lidar com o abandono e a redenção. Seu clipe dirigido por Floria Sigismondi e co-dirigido pela própria cantora incorpora os elementos circenses dos anos 30 e 40, e a interpretação da artista como uma ‘showgirl’, que se importa mais com seu estrelato do que com o seu pai, mas tudo muda após a morte do mesmo.
- "Candyman": mantém todo o clima divertido que o disco
resgata do estilo pinups com “Baby Jane” se derrete por um cara que ‘makes her panties drop and has a big UHHHHH’.
Além de ter amostras a cadencia militar no trecho ‘Tarzan and Jane were swingin’ on a vine’. O clipe teve a direção da
cantora dividida com Matthew Rolston, apresentando um singelo tributo ao grupo “The Andrews Sisters”, baseando-se em
todo o clima dos anos 40.
- "Slow Down Baby": é um single promocional (definido como o quarto) para a
Oceania e alguns países asiáticos, apresenta dois samples --- "Window Raisin'Granny" gravada por Gladys
Knight & the Pips para o seu
álbum Imagination (1973) e "So Seductive", gravada por Tony Yayo (2005). Seu vídeo é uma
versão ao vivo retirado da turnê “Back to
Basics: Live and Down Under”.
- "Oh Mother": teve
também a importância como quarto single promocional, mas seu lançamento
limitou-se a Europa. Nessa canção, Aguilera
deixa expor todos os medos mais entranho. Relata, em primeira pessoa, a infância
tumultuada pelo pai violente, dedicando as palavras de tristeza e esperança a
sua mãe, abordando temas tabu e difícil. O clipe restringiu a apresentação ao
vivo da faixa na tour “Back to Basics:
Live and Down Under” e contém Christina
cantando e cenas dos bastidores durante a turnê.
- "Save Me From Myself": lançado como quinto e último single do álbum, também serviu
para festejar o nascimento do primeiro filho da diva em 12 de janeiro de 2008. A
faixa faz referência ao então marido. Acompanhada por um violão e um violino,
entoa os versos com uma suave e doce voz nunca mostrado por ela em uma letra
delicada e romântica. Já o vídeo clipe traz recortes de imagens reais da vida
da cantora.
Curiosidades
- “Back to Basics” alcançou o número #1 em mais de 15 países, sendo
que nos EUA atingiu o topo da Billboard
200;
- “BB” também o primeiro
álbum de Aguilera à estrear no #1
lugar no Reino Unido e permaneceu 33 semanas no Top 75;
- Com
este álbum Christina ganhou um Grammy Award na categoria "Melhor Performance Pop Vocal Feminina"
com "Ain't No Other Man".
Turnê
Xtina
excursou pela Europa, América do Norte, Ásia e Oceania com a “Back to Basics: Live and Down Under”, no qual arrecadou
mais de $95 milhões de dólares em 80 shows pelo mundo, sendo que levou mais de
1,3 milhões de fans. O registro do show aconteceu em Adelaide, na Austrália,
rendendo o DVD oficial da apresentação.
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